Ilha do Pessegueiro
Alentejo Litoral - Porto Covo - Portugal
Coordenadas
37° 50' 01" N 8° 47' 52" O
A ilha do Pessegueiro localiza-se na costa do Alentejo Litoral, ao largo da freguesia de Porto Covo (da qual depende administrativamente), no concelho de Sines, Distrito de Setúbal, em Portugal. A ilha, assim como a costa adjacente, faz parte do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
Descrição
É um dos postais ilustrados da região. Recortada por rochas, a praia fica mesmo em frente à ilha. Num monte sombranceiro ao mar existe um velho forte do século XVII. No Verão há visitas organizadas à ilha, que mantém os vestígios de uma velha muralha e de um porto romano.
História
Os estudiosos acreditam que a ocupação desta costa remonta a navegadores cartagineses, em época anterior à segunda guerra púnica (218-202 A.C.). À época da invasão romana da Península Ibérica, a ilha abrigou um pequeno centro pesqueiro, conforme atestam os vestígios, recentemente descobertos, de tanques de salga.
À época da Dinastia Filipina, projectou-se ampliar aquele ancoradouro natural com o objectivo de evitar que corsários o usassem como ponto de apoio naquele trecho do litoral. Um enrocamento artificial de pedras ligaria a ilha do Pessegueiro à linha costeira.
A partir de 1590, no âmbito desse projecto, foi iniciado, em posição dominante na ilha, a edificação do Forte de Santo Alberto, com a função de cruzar fogos com o Forte de Nossa Senhora da Queimada, que lhe era fronteiro, no continente.
Os trabalhos no projecto do Pessegueiro foram interrompidos em 1598 diante da transferência do seu responsável para as obras do Forte de Vila Nova de Milfontes, jamais tendo sido completadas.
Origem do nome
O seu nome é de origem latina e provém da actividade piscatória nomeadamente de ser centro produtor de preparados de peixe na época romana.
A tradição refere o milagre de Nossa Senhora da Queimada.
A Lenda de Nossa Senhora da Queimada
A tradição refere o milagre de Nossa Senhora da Queimada. Em meados do século XVIII, chegando à ilha piratas do norte de África, foram enfrentados por umeremita que aí mantinha uma ermida sob a invocação de Nossa Senhora. Assassinado o religioso e saqueada a capela, a imagem da santa foi atirada às chamas.
Após a retirada dos agressores, chegaram os habitantes de Porto Covo, que constataram os danos e deram sepultura cristã ao eremita. Sem conseguir localizar a imagem, deram-lhe busca por toda a ilha, terminando por localizá-la miraculosamente intacta em meio aos restos de uma moita queimada. Essa imagem foi recolhida em uma nova ermida, erguida para abrigá-la, no continente, a cerca de 1 km de distância: a Capela de Nossa Senhora da Queimada, local que passou a ser venerado pela população.
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