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        UFO's
 

Informação diversificada sobre UFOS/OVNIS, quer de âmbito nacional quer internacional. Pode observar videos e muito outra informação acerca do assunto que de certo é um tema apaixonante.

 
      Imortalidade
    Reencarnação da alma
                                                                                                                                                                                         Imortalidade e reencarnação são duas faces da chave que abre a porta do mistério da vida.
O que aconteçe depois da morte? Será esta a passagem para um plano de vida mais consciente? 
Podemos voltar?
Muitos de nós acreditam que sim, mas a ciência ainda procura evidências científicas sobre as vidas passadas que provem a imortalidade da  alma.

 

 Fantasmas

Quem nos dias de hoje não terá medo de ir sozinho a um cemitério durante a noite ou até mesmo de dia? Porque sucederá isso, se os mortos não fazem mal? Não estará esse medo apavorante relacionado com a alma, que segundo o conceito geral, estará por perto mas noutro plano? Não será, no fundo, das próprias almas, que temos medo?

 

 Triângulo das Bermudas

O Triângulo das Bermudas é porventura o lugar do mundo onde mais desaparecimentos se deram, quer de pessoas, quer navios ou aeronaves. O desaparecimento do vôo 19 (05Dez1945) será talvez, até hoje, um dos mais interessantes ali verificados, quer pela quantidade simultãnea de aviões  Grumman TBF Avenger desaparecidos (5), quer pela qualidade  técnica dos envolvidos...
 Outros assuntos
Os três tópicos acima referidos, são somente um pouco do muito que por aqui vai encontrar na área do insólito. Se o mistério aguça a sua curiosidade... está no sitio certo!

 

 Outros assuntos

Os três tópicos acima referidos, são somente um pouco do muito que por aqui vai encontrar na área do insólito até acidentes  com aviões tem.... se o mistério aguça a sua curiosidade... está no sitio certo!

 

 

 

 

 

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Vida depois da Morte - Perguntas e respostas
Vida depois da Morte - Perguntas e respostas

 

 

Perguntas, Respostas e outras considerações...  

sobre a morte !

 

 

 

Indice

 

  • - Introdução
  • - O que aconteçe "físicamente" ao corpo com a morte?
  • - O outro lado da Morte
  • - O Mistério da morte: Aquilo em que acreditamos.O que sabemos?
  • - O que experimenta e vê a alma, ao abandonar o corpo? 
  • - Quais os passos que se seguem ao abandono do corpo?
  • - Fora do corpo
  • - Consciência e sentidos é mantida durante toda a experiência
  • - Alívio
  • - O Túnel e a Luz (+dois relatos)
  • - Passar em revisão a vida e o julgamento (+casos)
  • - Um Novo Mundo
  • - O aspecto da alma 
  • - Os encontros com outras pessoas já falecidas
  • - A Linguagem da Alma 
  • - A Fronteira
  • - O Retorno
  • - Uma Nova Atitude em Relação à Vida
  • - Ensino Ortodoxo sobre a vida após a morte
  • - Paraíso e Inferno
  • - Relatos do Céu? O que é? Onde fica?   (+Relatos)
  • - O que vêem os Moribundos?
  • - Conclusões
  • - Esta página contém ainda diversos videos ilustrativos

 

 

 

 

O que aconteçe "físicamente" ao corpo com a morte?

A morte já nos espreita. Como aconteçeu com infinitas pessoas no passado e aconteçe no tempo presente, ela talvez chegue hoje, embora não queiramos acreditar. Acredito que voçê saberá o que se passa com o corpo físico depois do coração parar de bater, depois da putrefação, o processo para transformar o corpo em esqueleto é geralmente rápida. Já deve ter ouvido falar que um corpo morto torna-se duro e de difícil movimentação, o cálcio vai endureçer os seus músculos... o rigor mortis apareçe cerca de três horas depois da morte, atinge seu pico 12 horas depois, dissipando-se depois de 48 horas, tal sucede porque existem "bombas" nas membranas das células musculares que regulam o cálcio no corpo. Quando as "bombas" param de funcionar, inundações de cálcio fazem com que os músculos se contraiam e endureçam. Depois do rigor mortis, vem a putrefação de todos órgãos.

As enzimas dos orgãos fazem com que tudo se comece a auto digerir, os micróbios juntam-se a essas enzimas, deixando o corpo numa cor esverdeada a partir do ventre. Segundo Caroline Williams, da New Scientist, "os principais beneficiários são as 100 triliões de bactérias que existem nas nossas entranhas." Conforme as bactérias vão tomando conta do corpo, ele liberta putrescina e cadaverina, que não são mais que os compostos responsáveis pelo mau cheiro do corpo humano após a morte.

 

A gravidade deixa as primeiras marcas instantes depois da morte. Enquanto todo o corpo fica pálido, as células vermelhas do sangue passam para as partes do corpo que estão mais próximas do solo, uma vez que a circulação foi interrompida. O resultado disso são manchas roxas nas partes mais baixas, algo que é conhecido como livor mortis ou hipostase cadavérica. Juntamente com a temperatura do corpo, essas marcas ajudam os legistas a identificar o tempo e a posição do corpo no momento da morte. 

 

Como sabemos o processo de decomposição do corpo começa alguns minutos depois da morte. Quando o coração para, nós experimentamos o algor mortis ou o frio da morte, a temperatura do corpo diminui em  média cerca de 1,5ºC por hora, até atingir a temperatura ambiente. Quase imediatamente, o sangue  torna-se mais ácido com a acumululação do dióxido de carbono. Isso é o que faz com que as células se comecem a dividir, esvaziando as enzimas dos tecidos.

 

 

 O outro lado da Morte

 

Para o nosso trabalho, não são os aspectos descritos no texto acima que quero debater, não é a morte celular e os seus processos, mas sim a "vida da essência" que nos habitou o ainda em vida.

Confesso que, analizando bem a "coisa" e de uma forma pura e dura, até faz sentido que, finda a vida no corpo humano a sua essência termine ali também.

-Que sentido dar a todos os relatos de pessoas (que são aos milhares) de contactos directos com entidades que já partiram de seus corpos e em muitos casos perfeitamente identificaveis?

-Que dizer por exemplo daquela situação em que uma pessoa ao alugar uma casa, desconhecendo completamente a sua história, descreve contactos directos com antigos proprietários, factos que, no fim de investigação feita por terçeiros, se provam serem descrições exactas de pessoas que ali viveram e morreram anteriormente?

Que essência é essa que fica nos locais?

Estarão estes milhares de pessoas todas a mentir?

Então, a ser verdade, (nem que seja num só caso)... será mesmo real. É a essa hipótese que me vou agarrar para tratar este assunto!

 

 

 

Aqui vamos abordar as possíveis respostas ás difíceis perguntas que ireemos fazer, com o reconhecimento perfeito de que é muito, mesmo muito difícil, responder de forma objectiva e precisa a essas questões.

 

 

 

Mesmo que as nossas respostas fossem perfeitas, elas não iriam satisfazer a todos os leitores da mesma forma, logo o que tentarei fazer será dar-lhe exemplos... muitos exemplos de muita gente que passou pelo mesmo, de forma a que possa você mesmos atar as pontas que considerar soltas, de forma que possa formular a sua opinião sobre o assunto de uma forma muito mais elucidada.

 

 

 

 

Acredite que não me passa pela cabeça tentar que você acredite nisto ou naquilo, e muito menos fazê-lo querer acreditar que a vida depois da morte é realmente uma verdade, quero somente dar-lhe mais informação de qualidade para que o seu sistema de crenças possa equacionar "outras verdades" que não as que tem actualmente, Neste momento ao encontrar-se aqui a ler estas palavras... não será difícil perceber que andarão dúvidas na sua mente acerca de um assunto difícil por natureza.

 

O fenómeno que é, termos a possibilidade de sairmos do nosso corpo morto, é deveras interessante, independe de termos conhecimento disso ou não. Uma pessoa que acredite e tenha a noção disso, morrerá e nascerá novamente, com esse conhecimento, outra pessoa desconhecedora desse processo irá submeter-se a ele da mesma forma. No entanto, há um ponto muitissímo importante:

 

Onde será o nosso próximo nascimentonão é algo aleatório, mas produto do nosso estado de consciência ao fim da vida. Assim, este conhecimento da eternidade da alma confere ao seu conhecedor o poder e a responsabilidade de criar para si um futuro pós-morte que lhe seja inteiramente satisfatório mediante o cultivo da consciência, a única propriedade que levamos conosco após a morte. O estado de consciência de uma pessoa à hora da morte é determinado por vários factores – um somatório de todos os seus desejos, experiências, sentimentos, palavras e acções.

 

Ao concentrar-se num conceito, pode descobrir que as suas futuras conclusões, diferem do que a sua formação, educação ou história que lhe ensinaram. Todos nós fomos doutrinados com sistemas de crenças e valores das nossas famílias, professores, culturas, religiões etc. O facto de, posteriormente á sua análise, passar a pensar de maneira diferente, isso não irá prejudicá-lo.

 

Manter uma mente aberta é essencial. Se conseguir ajustar a sua mente a ideias diferentes e novas possibilidades, então o processo de aprendizagem pode continuar.

Talvez o que lhe foi ensinado em criança, não seja aquilo que está agora na sua frente!

- Como saberá, se a sua mente não estiver atenta? 

- Como poderá acordar para uma realidade mais profunda ou mais significativa se não permitir à sua mente que funcione de forma aberta?

Tente não descartar as suas actuais ideias ou colocá-las completamente de parte. O que quero que experimente neste momento, e refiro-me a esta abordagem da possibilidade de vida após a morte,  é que esteja aberto a essa possibilidade apesar de ser presentemente um conceito bastante diferente daquilo que é levado a acreditar. É possível que o "estranho" seja verdadeiro e o "familiar", falso!

Digo-lhe ainda que muitas das informações aqui prestadas foram feitas por pessoal médico de reconhecido valor e de nível internacional, debaixo da supervisão de organismos acima de qualquer suspeita como o caso da American Society for Psychical Research de Nova York ou a Parapsychology Foundation, ainda Universidade da Islândia, as fundações Shanti e Code, entre muitas outras... e também a inúmero pessoal médico de diversas áreas como cardiologistas, psicólogos etc.

Espero que não seja levado a pensar que todos estes organismos e pessoal médico especializado esteja aqui somente para o enganar!.. vá lá abra um pouco mais a mente e equacione pelo menos que a "sua verdade" possa não ser a única que existe ou até mesmo, quem sabe, "a sua verdade seja mentira"...

Certamente reconhecerá que noutros periodos anteriores da sua vida não analisou correntamente como devia outras coisas, e que afinal os outros até tinham razão.

 

 

Como não podia deixar de ser, agradecimentos particulares ás gerências dos hospitais e seus directores de serviços, que permitiram que o seu pessoal médico bem como enfermeiros que tiveram a gentileza de relatar as suas experiências vividas à cabeceira dos moribundos.São então relatadas experiências do além vividas por moribundos na presença de pessoal médico especializado. Repare-se que todo este pessoal não contou com o apoio deste mundo materialista e céptico que è o nosso, com esta sociedade que manda homens e naves á lua, quando quase nada conhece acerca da vida e da morte no nosso próprio planeta.

 

Neste trabalho, centenas de casos foram estudados envolvendo cidadões de nacionalidade americana e indiana, tanto hindus como cristãos. É com base nesse estudo que vamos desenvolver este trabalho e perceber os números nele envolvidos. Olhe que são deveras interessantes tendo como base as respostas dadas pelo pessoal médico que presenciou os últimos momentos no leito de morte dos pacientes.

 

 

O Mistério da morte: Aquilo em que acreditamos e o que sabemos

 

Só há duas coisas onde os homens são verdadeiramente semelhantes:

No nascimento e na morte!

 

Em última análise, é a nossa concepção da morte que determina as respostas que damos a todas as perguntas que a vida nos coloca... daí, pois, a necessidade de nos prepararmos para morrer.

O destino que nos está reservado depois da morte, é sem dúvida um dos mais importantes domínios da experiência humana sobre a qual nos poderemos debruçar. 

-Não afirmam as obras médicas peremptoriamente que a vida termina e o individuo deixa de existir quando o coração deixa de bater? ou quando o cérebro deixa de ser irrigado ao fim de sensivelmente 15 minutos?

Há séculos que as universidades e faculdades de medicina formatam os seus alunos neste conceito inflexível (esses mesmos que estarão connosco no nosso leito para nos ajudar a morrer?) Este acto de morrer será igual para todas as situações?


É surpreendente observar que as experiências vividas pelos próprios moribundos contradizem frequentemente a óptica médica admitida.

-Que aspectos da morte nos dão os moribundos? que vivem eles, o que vêem no seu último instante?

-Sob o ponto de vista em que se encontram será a morte um triste aniquilamento ou um renascimento?

 

É verdade que uns partem já dentro do seu próprio esquecimento sem disso terem consciência, como no caso de doentes de Alzheimer, outros pelo contrário, lúcidos até ao fim afirmam o que "vêem" no além, mesmo antes de expirar e relatam essa experiência.

Alguns dos moribundos relatam aparições de parentes e amigos já falecidos junto a si, outros vêem figuras religiosas, outros ainda, paisagens inebriantes de luz indescritível de rara beleza e cores vivas.

Estas experiências transformam completamente os moribundos e dão serenidade e quietude, alegria e simultâneamente vivenciam sentimentos de amor infinito. Estes pacientes têm uma "morte bela" o que estranhamente contrasta com a dor e a tristeza que rodeia a sua morte. Outros moribundos não assinalam qualquer visão, mas nem por isso deixam de passar pela mesma transformação.

 

 

Reunindo os relatos de pessoas que sobreviveram à morte clínica, surge a pergunta:

 

O que experimenta  e vê a alma, ao abandonar o corpo? quais os passos que se seguem?

 

Quando a morte se processa e a pessoa atinge o fim, é declarada morta. Em seguida, vê o seu "corpo inerte" e sem vida lá em baixo. Essas inesperadas imagens provocam um choque enorme, pela primeira vez na vida ela observa-se do lado de fora de si mesma. Aí ela verifica que as suas capacidades habituais como ver, ouvir, pensar, sentir continuam intactas e a funcionar de forma perfeita como normalmente acontecia em "vida", só que agora independentes do seu invólucro exterior. Flutua no ar, acima das pessoas que se encontram no quarto.

Instintivamente tenta comunicar-se, com os outros, dizer algo ou até mesmo tocar em alguém para fazer sentir que está realmente viva e não morta como o seu corpo pareçe provar. Mas, para sua surpresa e horror, percebe que está isolada dos outros:

- Ninguém a ouve, nem sente o seu toque, ou sua presença. Além disso, ela fica admirado(a) ao sentir uma sensação inacreditável de alívio, serenidade e até mesmo um certo estado de euforia devido á novidade que aquele estado propicia. Não há mais aquela parte do "eu" que sofria e tinha dores. Sentindo tal alivio, a alma do moribundo normalmente não quer regressar ao seu corpo.

Na maioria dos casos documentados dos que "roçaram a morte", a alma, após observar por alguns momentos o que se passa em redor, regressa ao seu corpo físico, é nesse momento, que o conhecimento do "outro mundo" é dado por findo. Por vezes, a alma dirige-se mais além para o mundo espiritual. Alguns descrevem o inicio dessa sensação como se se movimentassem através de um túnel escuro em direção a uma forte luz.

Depois disso, as almas de algumas pessoas vão um pouco mais além, para um mundo de grande beleza, onde, por vezes se encontram com os espíritos de parentes já falecidos. Outras, encontram-se com "o ser de luz", do qual emana grande amor e compreensão. Alguns afirmam que essa entidade não é nem mais nem menos que Jesus Cristo! outros afirmam que é um anjo, mas, todos concordam que é alguém repleto de bondade e compaixão. Alguns ainda, vão parar a lugares tenebrosos e, quando regressam, descrevem terem visto seres cruéis e repugnantes. Por vezes, o encontro com o misterioso ser luminoso é acompanhado de uma "revisão" de toda a sua vida, a pessoa ao lembrar-se do seu passado faz uma avaliação moral dos seus actos. Após isso, alguns vêem algo semelhante a uma cerca, fronteira ou delimitação e sentem que, uma vez ultrapassada essa fronteira, não mais poderão voltar ao mundo físico.

 

Diagrama que representa do que o ser humano é composto 

 

Nem todos os que sobreviveram à "quase morte" passaram por todas as fases descritas anteriormente. Uma percentagem significativa de pessoas que voltaram à vida, não se lembram de nada do que aconteceu "lá" onde estiveram por momentos. As etapas a cima citadas são colocadas em ordem da sua frequência relativa, começando com as que ocorrem mais frequentemente e terminando com as que são mais raras. Segundo os dados constantes de um estudo efectuado, aproximadamente um de cada sete pessoas lembram-se da vivência extracorporal, de verem a luz e conversaram com o ser de luz.


Graças aos avanços da medicina, a reanimação dos mortos passou a ser um procedimento quase padrão nos  hospitais actuais. Antigamente, isso não existia. Por isso, existem diferenças significativas entre os relatos da vida pós morte na literatura antiga, mais tradicional, e na moderna. Os livros religiosos mais antigos, relatando sobre a aparição da alma dos mortos, contam sobre visões no paraíso ou no inferno e sobre encontros com anjos ou demónios. 

 

Devido às novas pesquisas na área da reanimação e tendo em conta os diversos relatos dos sobreviventes à morte clínica, há forma de elaborar um quadro detalhado, sobre o que a alma vivencia logo após a separação do corpo. É evidente, que cada caso tem características individuais que lhes são próprias, que outros não terão. No entanto, no seu conjunto, elas ajudam a formar uma imagem razoavelmente completa, ainda que não totalmente compreensível para nós.


De seguida, o, relato das principais características de experiências relacionadas com o "outro mundo" e cuja fonte são os modernos livros sobre vida após a morte.

 

 1. Fora do corpo

 

Tendo morrido, a pessoa não dá conta disso imediatamente. É só depois de ver o seu "corpo físico," deitado lá em baixo, inerte, apesar das várias tentativas de reanimação, ela é incapaz de comunicar-se com os presentes, a pessoa percebe que "ela própria" já não se encontra mais no seu corpo. 

Por vezes, sucede que, após um acidente inesperado, quando a separação com o corpo físico ocorre brusca e inesperadamente, a alma não reconhece o seu próprio corpo e pensa que está na presença de alguém muito parecido com ele. 

A visão fora do corpo que a alma tem de si própria e a incapacidade de comunicar-se, provoca um grande choque, de forma que ela não tem certeza se o acontecimento é sonho ou realidade.


 

 

 2. A Consciência e sentidos são mantidos durante toda a experiência.

Todos, os sobreviventes à morte clínica, testemunham que conservaram totalmente o seu "EU" e todas as suas capacidades mentais, sensoriais e de vontade. Mais do que isso, a visão e a audição tornam-se até mais intensas, o raciocínio fica mais claro e tornando-se mais enérgico, a memória fica puramente lúcida. As pessoas que anteriormente perderam alguma capacidade física devido a doença ou motivada pela idade, de repente percebem já não têem qualquer problema de ordem física. O homem percebe que pode ver, ouvir, sentir, pensar etc, mesmo não tendo, nesse estado, quaisquer órgãos físicos. É absolutamente fantástico!

 

Este caso é absolutamente fantástico

Note-se o caso de um cego de nascença, que tendo vivênciado a experiência de saída do corpo, observou todos os procedimentos médicos o que lhe foram feito pelos médicos e enfermeiros e mais tarde, após relatar todas as incidências do dito acto médico, ele continuou como é obvio, cego como era antes.

Então...

- Como pode um cego de nascença, completamente anestesiado, numa mesa de operações, descrever todos os actos médicos, bem como descreve ainda, as cores da roupa usadas pelos médicos e enfermeiras e até acontecimentos inesperados como a entrada de alguém na sala de operações, descreve até um dois factos peculiares que aconteçeram na sala de operações:

-A queda ao chão de um instrumento cirúrgico,

- A gaveta onde esse mesmo objecto foi guardado!

 

Tudo foi confirmado depois pela equipa médica!

 

 

3. Alívio

Normalmente, a morte é precedida pela doença e sofrimento. Ao sair do corpo a alma liberta-se, pois nada mais dói, nada mais oprime, nada sufoca. A mente funciona claramente, os sentimentos são apaziguados. A pessoa começa a identificar-se com a alma. O corpo parece ser algo secundário e inútil, como tudo material o é.

"Eu próprio (consciência), saio e o meu corpo torna-se um invólucro vazio"

...explica um homem, que sobreviveu à morte clínica. Ele assistiu à sua cirurgia cardíaca como se fosse um "espectador." As tentativas de reanimar o seu corpo, não o interessaram absolutamente nada... aparentemente, ele tinha-se despedido mentalmente da vida terrena e estava pronto para iniciar uma nova "vida". Entretanto, permanecia com ele o amor pela família e a preocupação com os filhos que deixava.

De notar, que mudanças radicais no caráter do indivíduo não ocorrem. O indivíduo permaneceu o mesmo que era. 

Afirmou:

 "A suposição de que ao abandonar o corpo, a alma passa imediatamente a conhecer e entender tudo, é falsa. Eu vim para este novo mundo do mesmo jeito como saí do antigo".

 

 4. O Túnel e a Luz 

Após a visão do seu próprio corpo físico e de todo o ambiente que o rodeia, algumas almas continuam no outro mundo espiritual.

Enquanto outras, não passam pela primeira fase ou não reparam nela e vão directamente para um segundo estágio: A passagem para o mundo espiritual.

Alguns descrevem-no como sendo uma viagem através de um espaço escuro, que faz lembrar um túnel, no final do qual, eles vão parar a uma região de luz não terrena. Existe um quadro do século XV de Jerônimo Bosh "Ascensão ao Empírico" que representa algo semelhante à passagem da alma pelo túnel. Isso significa já naquele tempo alguém teria passado também por esse acontecimento, deixando-o presente num quadro.

Eis, dois relatos: 

- "Eu ouvi, quando os médicos anunciaram a minha morte, nesse momento, era como se eu estivesse a nadar num espaço escuro. Não há palavras para descrever a sensação. Era completamente escuro ao redor, e só lá longe, muito ao longe, via uma luz. Era uma luz muito brilhante, mesmo que parecesse pequena inicialmente. À medida que eu me aproximava, a luz aumentava. Deslocava-me velozmente em direção a ela e sentia que dela só emanava o bem. Sendo cristão, lembrei-me das palavras de Cristo: "Eu sou a luz do mundo" 

E pensei: 

"Se isto é a morte, sei quem está à minha espera".



- "Eu sabia que estava a morrer"

Conta uma outra pessoa:

... E nada podia fazer, para comunicar isso, já que ninguém me ouvia... eu estava fora do meu próprio corpo, sei isso, porque via o meu corpo lá em baixo na mesa de operações. A minha alma tinha saído do corpo, por isso, sentia-me perdido, mas depois vi aquela luz diferente. Inicialmente, era um pequeno foco de luz, mas depois tornou-se mais brilhante.

Eu sentia o calor da luz. A luz cobria tudo, mas não me impedia a visão da sala de cirurgia, médicos, enfermeiras, tudo... inicialmente, eu não entendi o que estava a acontecer, mas depois a "voz da luz" perguntou-me, se eu estava pronto para morrer.

A luz falava, tal qual um homem, mas não havia ninguém. Era a Luz que perguntava...

"Agora é que eu entendo, que a Luz sabia que eu não estava pronto para morrer, mas queria-me testar. A partir do momento que a Luz começou a conversar, fiquei bem, eu sentia que estava seguro e que a Luz me amava. O amor, que emanava da Luz, era inimaginável, indescritível".


Todos os que viram a Luz e posteriormente a tentaram descrer, não conseguiram encontrar palavras adequadas. A Luz era diferente da luz que conhecemos aqui.

"Aquilo não era uma luz, mas sim uma ausência da escuridão total e absoluta. Essa Luz não criava sombras, não era visível, mas estava em todo lugar e a alma permanecia na Luz".

A maioria testemunha sobre a Luz, como sendo um ser moralmente bondoso, e não como uma energia impessoal. As pessoas religiosas tomam essa Luz por um anjo, ou até mesmo por Jesus Cristo - mas sempre, por alguém que leva paz e amor. No encontro com a Luz, eles não conversavam em nenhum idioma específico, a Luz comunicou sempre com eles mentalmente. E aí, tudo estava tão claro, era absolutamente impossível esconder algo da Luz.

 

 

 5. Passar em revisão a vida e o julgamento 

 

Alguns, que sobreviveram à morte clínica, descrevem a etapa da revisão da vida que tiveram. Às vezes, a revisão ocorria durante a etapa da visão da Luz, quando o homem ouvia da Luz a pergunta: 

"O que fizeste de bom na tua vida?" 

A pessoa entendia que a pergunta não era feita para saber algo, mas para que a pessoa pudesse recordar a sua vida. E assim, após a pergunta, o filme da vida terrena da pessoa passa perante a sua visão espiritual, começando na infância. O filme da vida move-se como uma sequência de quadros de episódios da vida, um após o outro, e a pessoa vê claramente e com todos os detalhes, tudo o que aconteceu com ela. Nesse momento, a pessoa revive e moralmente reavalia tudo aquilo que ela fez falou ou sentiu.

Eis um dos casos típicos, que ilustra o processo da revisão: 

Quando cheiguei á  Luz, ela perguntou-me:

 "O que fizeste na tua vida? O que me podes mostrar?". 

E então, começaram a aparecer esses quadros. Foram os mais bonitos, os mais nítidos, coloridos, tridimensionais e  movimentados. Toda a minha vida passou por mim... eis eu, ainda uma menina pequena, brincando com a minha irmã perto do riacho... depois, os acontecimentos da minha casa... escola... casamento...

"Tudo se seguiu na minha frente com os mínimos detalhes, revivi esses acontecimentos... vi os factos quando fui cruel e egoísta. Senti vergonha de mim mesma e desejava que isto nunca tivesse acontecido, mas, era impossível mudar o passado..." 

Reunindo muitos relatos de pessoas que passaram pela revisão da vida, deve concluir-se que essa revisão sempre deixa nelas uma impressão profunda e benéfica. Realmente, durante a revisão, a pessoa é forçada a reavaliar seus actos, fazer o balanço do seu passado e assim, é como se fizesse um julgamento sobre si mesmo. Na vida diária, as pessoas escondem o lado negativo do seu carácter e escondem-se atrás da máscara de virtude, para parecer melhores do que realmente são. A maioria das pessoas estão tão acostumadas com a hipocrisia, que param de ver o seu verdadeiro eu - frequentemente orgulhoso, ambicioso e avarento.

Mas, no momento da morte, essa máscara cai e a pessoa vê-se tal qual realmente é. Principalmente, no momento da revisão de toda uma vida, torna-se visível cada um de seus actos ocultos, até em cores, e tridimensionalmente, - pode ouvir-se cada palavra dita, os acontecimentos esquecidos são revividos de forma diferente. Nesse momento, tudo o que se conseguiu durante a vida - situação sócioeconómica, diplomas, títulos, etc... - perde o seu sentido. A única coisa que serve para avaliação é o lado moral dos actos. É nessa hora, que a pessoa se julga não apenas pelo que fez, mas também, como os seus actos e palavras influenciaram outras pessoas.

 

Baseado em Factos Reais.

 

Eis como uma outra pessoa descreveu a revisão da sua vida: 

"Eu senti-me fora do meu corpo, flutuando sobre um edifício, e vi o meu corpo deitado lá em baixo. Depois, uma luz envolveu-me e nela eu vi como se fosse um filme, de toda a minha vida. Senti-me muito envergonhado, porque muito do que eu antes considerava normal e aprovava, entendi que não era bom. Tudo foi extremamente real. Eu senti que um julgamento ocorria comigo e que uma razão superior me comandava e ajudava a ver o que de errado e certo fiz na vida. O que mais me impressionou foi o que me foi mostrado não apenas o que fiz mas como meus actos influenciaram outros... Aí eu entendi, que nada se pode apagar, nada, nem um gesto tão pouco! nada passa em branco, até cada pensamento tem consequências." 

 

Os próximos dois pedaços de relato de pessoas que sobreviveram à morte, ilustram como a revisão da sua vida os ensinou a encarar a vida de uma nova forma...

"Eu nunca contei a ninguém o que eu passei no momento da minha morte, mas, quando voltei à vida, senti-me dominado por um desejo enorme e ardente de fazer algo de bom para os outros. Eu sentia vergonha de mim mesmo...". 

"Quando voltei, resolvi que era necessário que eu mudasse. Sentia arrependimento, e a minha vida passada não me satisfazia em absoluto. Resolvi iniciar um outro modo de vida, completamente diferente." 

Agora imaginemos um bandido, que durante a sua vida causou muito sofrimento a outros - enganou, mentiu, denunciou, foi ladrão, assassino e tudo mais. Ele morre, e vê todas as maldades que praticou em todos os seus horrendos detalhes. E aí a sua consciência, há muito adormecida, inesperadamente até para ele mesmo, acorda sob a ação da Luz e ele sente remorsos terríveis dos catos praticados. Que tortura insuportável, que desespero deve dominá-lo quando ele nada mais pode fazer, nem para corrigir, nem sequer esquecer. Isto torna-se para ele o início de um tormento insuportável, do qual não haverá para onde fugir. A consciência do mal praticado, o dano que causou à sua alma e da alma de outros, vai tornar-se para ele um "verme" e um "fogo inapagável."



 6. Um Novo Mundo 

Algumas diferenças nas descrições das experiências da vida após a morte, explicam-se pelo facto de que aquele mundo é totalmente diferente do nosso, no qual nascemos e no qual se formaram todas as nossas noções. No outro mundo, o espaço, o tempo e os objectos tem um conteúdo totalmente diferente ao qual os nossos órgãos dos sentidos estão acostumados. A parte de nós que vai para o mundo espiritual pela primeira vez, experimenta algo semelhante ao que pode experimentar, por exemplo, um verme subterrâneo quando sobe pela primeira vez à superfície da terra. Ele pode ver pela primeira vez a luz solar, sente o seu calor, vê a bela paisagem, ouve o canto dos pássaros, sente o perfume das flores (supondo que um verme tem os órgãos dos sentidos). Tudo isto é tão novo e belo, que ele não encontra palavras, nem exemplos para contar sobre isto aos "habitantes do mundo subterrâneo".

Da mesma forma, as pessoas, que durante a sua morte se encontram de um momento para o outro num outro mundo, vêem e sentem muitas coisas que são incapazes de relatar. Assim, por exemplo, as pessoas perdem a noção da distância, tão comum para nós. Alguns afirmam que puderam, sem dificuldade, somente com a acção do pensamento transportar-se de um lugar para outro, independente da distância. Assim, por exemplo, um soldado, ferido gravemente no Vietname, e durante a cirurgia, saiu do seu corpo e observou as várias tentativas dos médicos para fazê-lo regressar á vida.

"Eu estava lá, mas o médico, é como se estivesse e ao mesmo tempo não estivesse lá. Eu toquei-o, mas foi como se simplesmente o atravessasse... depois, de repente, eu estava no campo de batalha, onde fui ferido e vi enfermeiros, a recolher os feridos. Eu quis ajudá-los, mas, de repente fui parar outra vez na sala de cirurgia... Era como se, num piscar de olhos, bastando desejar, eu me materializasse aqui ou lá..."

Há outros relatos semelhantes de deslocamentos inesperados. Ocorre "um processo puramente mental e agradável. Basta desejar - e lá estou eu."

"Eu tenho um grande problema. Estou a tentar transmitir algo que sou obrigado a descrever em três dimensões... Mas, o que ocorria realmente não era em três dimensões."

Se perguntar a alguém que experimentou a morte clínica, quanto tempo durou esse estado, normalmente ele não é capaz de responder. As pessoas perdem completamente a noção do tempo. "Poderia ter sido alguns minutos, ou alguns milhares de anos, não há nenhuma diferença." 

Outros, que sobreviveram à morte, aparentemente foram parar a mundos mais distantes do nosso mundo físico. Eles viram a natureza do "outro lado" e descreveram-na em termos de montes e vales, plantas verdes, mas de um verde que não existe na Terra, campos inundados por uma luz dourada maravilhosa. Há descrição de flores, árvores, pássaros, animais, canto, música, campos e jardins de uma beleza incrível, cidades... Mas eles não conseguem encontrar as palavras certas para transmitir as suas próprias impressões.

 

 7. O aspecto da alma 

Quando a alma abandona o seu corpo, ela não reconhece esse facto de imediato. Assim, por exemplo, desaparecem as marcas da idade; as crianças vêem-se adultos, os velhos - jovens... as partes do corpo, por exemplo, mãos ou pernas amputadas por algum motivo, aparecem novamente. Os cegos voltam a ver.


Um operário caiu do alto sobre uns cabos de alta tensão. Como consequência de queimaduras, perdeu as duas pernas e parte da mão. Durante o tempo de cirurgia ele experimentou o estado da morte clínica. Tendo saído do corpo, não reconheceu o seu próprio corpo físico, de tão danificado que este se encontrava. No entanto, reparou em algo que o surpreendeu ainda mais: O seu "corpo espiritual" estava absurdamente de excelente saúde.

Na península de Long Island no estado de Nova York, vivia uma senhora de 70 anos, que tinha perdido a visão desde os 18 anos. Ela sofreu um ataque cardíaco, e tendo ir parado ao hospital, passou pela experiência de morte clínica. Foi reanimada algum tempo depois, e contou o que viu durante a reanimação. Descreveu detalhadamente os diversos equipamentos usados pelos médicos. O mais fantástico foi que, somente agora, no hospital ela tinha visto esses aparelhos pela primeira vez na vida, já que na sua juventude, antes da cegueira, eles nem sequer existiam. Contou ainda ao médico que o tinha visto vestido numa roupa azul. Claro que, tendo voltado à vida, voltou a ser cega, como era antes.

 


 8. Os encontros com outras pessoas já falecidas 

Alguns relatam encontros com parentes ou conhecidos já falecidos. Esses encontros às vezes aconteceram em condições terrenas, e noutras vezes em ambientes do "outro mundo". Assim, vamos a outro exemplo:

"Uma mulher que passou por morte clínica, ouviu os médicos dizer aos seus parentes presentes, que ela estava a morrer. Tendo saído do corpo, encontrou-se com os seus parentes e amigos falecidos. Reconheceu-os. Eles estavam contentes por reencontrá-la." 

 

Outra mulher viu os seus parentes que a cumprimentavam apertando as suas mãos. Estavam vestidos de branco, contentes e pareciam felizes... e de repente, viraram-lhe as costas, e afastaram-se.

A minha avó, virando-se por sobre o ombro, disse-me: 

 

"Nós iremos ver-te mais tarde, não desta vez." 

 

Ela tinha morrido aos 96 anos, mas lá naquele sitio parecia ter 40/45 anos de idade, encontrava-se saudável  e feliz." 

Um homem conta que, enquanto ele estava morrer de ataque cardíaco num um canto do hospital, a sua irmã estava também à morte, noutro canto do mesmo hospital devido a coma diabético. 

Conta ele...

"Quando saí do corpo, de repente encontrei a minha irmã. Fiquei muito contente, porque gosto muito dela. Conversando com ela, quis segui-la, mas ela, virando-se para mim, mandou-me permanecer onde eu me encontrava, explicando que a minha hora ainda não tinha chegado. Quando voltei, contei ao meu médico que tinha encontrado a minha recém-falecida irmã. O médico não acreditou. No entanto, atendendo ao seu pedido insistente, ele mandou a enfermeira averiguar e soube que a irmã tinha efectivamente falecido recentemente, tal como tinha comentado." 

A alma, mal chega ao outro mundo, a tendência, caso encontre alguém, serão pessoas que lhe eram próximas em vida. Algo familiar atrai as almas. Por exemplo, um pai idoso encontrou no "outro mundo" os seus seis filhos já falecidos.

Afirmou ainda: - "Eles lá não tem idade". 

Deve esclarecer-se que as almas de pessoas falecidas não ficam deambulando por onde querem, de acordo com a sua vontade, cada alma tem um lugar apropriado para sua permanência. Por isso, encontros com parentes mortos não devem ser encarados não como regra, mas como excecção. Devido ao que se sabe, por serem úteis para pessoas que ainda devem viver na Terra. É possível que nem sejam encontros, e sim visões. Deve-se admitir que a grande maioria dos acontecimentos vão muito para além de nosso entendimento.

Básicamente, os relatos das pessoas que foram parar ao "outro lado" convergem todos no mesmo sitio, dizem todos a mesma coisa, variando somente alguns detalhes. Às vezes, eles veêm o que esperavam ver. Os cristãos veêm anjos, a Virgem Maria, Jesus Cristo, os Santos. Os não religiosos veêm templos, figuras de branco, e às vezes, não vêem nada, sentem somente a "presença." 

 

 9. A Linguagem da Alma

No mundo espiritual, as conversas ao que sabemos, ocorrem por intermédio do pensamento e não por meio de alguma linguagem. Será talvez devido a isso que quando voltam, as pessoas tem dificuldade em relatar por palavras as conversas tidas com a "Luz", anjo ou alguém que elas encontraram. Consequentemente, se no outro mundo todos os "pensamentos são ouvidos", devemos aprender aqui, no mundo em que vivemos, a termos bons pensamentos, pois ao que se julga, tudo o que se passa connosco, é registado nos chamados "Registos Akáshicos", que serão por assim dizer, o "filme" de tudo o que somos, pensamos, fazemos... é o registo do nosso "Tudo".

 

10. A Fronteira 

Alguns, estando no outro mundo, contam de algo que parece ser uma delimitação ou fronteira. Alguns descrevem-na como sendo uma cerca ou grade na extremidade de um campo, outros como a beira de um lago ou de um mar, outros ainda como um portão, rio ou nuvem. A diferença na descrição decorre da recepção subjectiva de cada um. Por isso, não há como definir com exactidão a aparência dessa fronteira. O importante, no entanto, é que todos a compreendam exactamente como uma fronteira, atravessando a qual, não há mais retorno ao mundo anterior, ou seja ao nosso mundo. Depois dela, começa a viagem para a eternidade.

 

 11. O Retorno

Por vezes, é dado ao "recém-falecido" a possibilidade de escolha - ficar "lá" ou retornar à vida na Terra. A voz da Luz pode perguntar, por exemplo: 

 

"Você está pronto?"

 

Assim, o soldado seriamente ferido no campo de batalha, viu o seu corpo delicerado e ouviu a voz. Ele pensava que quem conversou com ele foi Jesus Cristo. Foi-lhe dado a possibilidade de voltar ao mundo terrestre, onde ficaria com sequelas físicas ou ficar no "além." O soldado preferiu voltar.

Muitos são atraídos de volta pelo desejo de concluir a sua missão terrena. Tendo voltado, eles afirmam que Deus permitiu que eles retornassem a viver em virtude da sua missão de vida não estar concluída. Afirmam que a volta deles foi resultado de sua própria escolha. Esta escolha foi satisfeita porque ela era fruto do senso de dever e não por motivos egoístas. Assim, por exemplo, alguns deles eram mães que queriam regressar para os seus filhos pequenos. Mas, também havia aqueles que foram mandados de volta, contrariando o seu desejo de permanecer lá. A alma deles já fora preenchida com sentimentos de alegria, amor, paz... mas ainda não chegara a sua vez. Ela ouve uma voz, ordenando-lhe que volte. As tentativas de reação para não voltar ao corpo não adiantam. Alguma força desconhecida puxa-os de volta.



Eis, a seguir, um caso contado por uma paciente do Dr. Raymond Moody Jr: 

 

"Eu tive um ataque cardíaco, e encontrava-me num espaço escuro, sabia que tinha deixado o meu corpo e estava a morrer...  pedi a Deus para me ajudar e saí da escuridão. Vi uma neblina cinzenta pela frente, e depois vi pessoas. As suas figuras eram semelhantes às da Terra e observei algo semelhante a uma casa. Tudo estava iluminado por uma luz dourada, muito suave, não sendo tão áspera como na Terra. Sentia uma alegria não terrena e queria passar pela neblina, mas aí apareceu o meu tio Carl, que havia morrido há já muito tempo. Ele atravessou-se no meu caminho e disse-me:

"Volta. A tua tarefa na Terra ainda não está terminada. Volta imediatamente."

Assim, contra a sua vontade, a sua alma voltou ao corpo. Ela tinha um filho pequeno que não sobreviveria sem ela.

 

O regresso ao corpo às vezes ocorre instantaneamente, outras coincide com as técnicas de reanimação como o caso de choques eléctricos ou outras  modernas técnicas de reanimação. Todas as sensações desaparecem e a pessoa sente que está de novo na cama dentro do corpo. Alguns sentem a entrada no corpo como se fosse um empurrão. Inicialmente, sentem-se desconfortáveis e com frio. Às vezes, após a volta ao corpo, ocorre uma breve perda de consciência. Os médicos que efectuam a reanimação bem como outros observadores notam que, no momento da volta à vida, a pessoa geralmente espirra.

 

 12.Uma Nova Atitude em Relação à Vida

 

As pessoas que estiveram lá apresentam grandes mudanças. Segundo eles, ao voltar, procuram viver melhor. Muitos deles passaram a ser crentes em Deus, mudaram seu modo de vida, tornaram-se mais sérios e mais profundos. Alguns até mudaram de profissão, indo trabalhar em hospitais e asílos de velhos, para ajudar os que necessitam. Todos os relatos de pessoas que passaram por morte temporária, falam de fenómenos totalmente novos para a ciência, mas não para o Cristianismo. Mais tarde, analisaremos os casos actuais de visões do outro mundo, sob a óptica do ensino Ortodoxo.

Certo é que todos iremos morrer um dia! mas que evento é esse que  resulta tão inevitável, e comum a toda a gente, conhecido como morte?

Nem todos os que tiveram do lado de lá, viram a Luz. Já mencionamos os estudos detalhados do Dr. Ring, que mostram que a Luz aparece a uma relativamente pequena percentagem de pessoas que tiveram experiências de morte clínica. Dr. Maurice Rawlings, que reanimou pessoalmente muitos moribundos, afirma que, percentualmente, o número de pessoas que veêm trevas e horrores é sensívelmente o mesmo do que as que veêm a Luz.
Essa é a opinião também do Dr. Charles Garfield que liderou pesquisas na área dos estados próximos à morte. 

 

Ele escreve:

"Nem todos morrem de uma forma tranquila e agradável... entre os pacientes por mim questionados, há quase o mesmo número de pessoas que experimentaram sensações desagradáveis (encontros com seres demoníacos), quanto as que tiveram sensações agradáveis. Alguns deles experimentaram mesmo ambas as sensações". Há base para supor que muitos, às vezes conscientemente, outros inconscientemente, nada comentam sobre as suas sensações desagradáveis pós morte. A impressão do Dr. Rawlings é que algumas visões são tão horríveis, que o inconsciente das pessoas que as viram, automaticamente as apaga da memória. No seu livro, o Dr. Rawlings traz exemplos dessas amnésias. Psiquiatras, tratando pessoas que sofreram traumas na infância (tais como estupro ou espancamento) têm  sobre o "esquecimento seletivo" comportamento semelhante. Além disso, pessoas que tiveram visões luminosas, relataram-nas com muito mais vontade do que as pessoas que tiveram visões terríveis. Isso porque, aquilo que a pessoa "vê lá" deve estar de acordo com aquilo que ela mereceu na sua vida virtuosa ou pecaminosa. Desta forma, há dois factores que desequilibram a preponderância dos relatos:

a) O processo da amnésia selectiva  

b) Não querer relatar coisas más a respeito de si mesmo.

Uma pessoa de fé deve ser muito cuidadosa com visões e experiências místicas. Assim, em consequência do surgimento de grande número de casos de pessoas que reviveram após a sua morte clínica, alguns médicos e psiquiatras começaram a propor a criação de um novo ramo da ciência acerca da alma e da vida pós-morte. Não há dúvida que é sempre possível comparar, juntar e sistematizar informações sobre o que as almas viram no "outro mundo". No entanto, deve-se entender que o papel de médicos e psiquiatras resume-se à compilação dos casos. Isto porque nós, os vivos, não temos o contacto directo com o mundo espiritual, logo não há possibilidade de planear e controlar os estágios pós-morte como se fossem experiências de laboratório.
Além disso, devemos lembrar-nos que a vida do homem não se encontra nas suas mãos. Somente uma entidade superior determina o momento da morte e o destino da alma, após a separação dela do corpo, por isso, as tentativas de realizar experiências nessa área entram em conflito com o estágio do conhecimento actual. 

 

 Ensino Ortodoxo sobre a vida após a morte



Apesar da experiência diária demonstrar que a morte é o destino imutável de cada um e uma lei da natureza, de acordo com a Bíblia, a finalidade da vinda de Cristo na Terra, foi devolver ao homem a vida eterna que ele perdeu. Aí, não se está a falar da imortalidade da alma, porque ela, pela sua natureza não está sujeita ao aniquilamento, mas sobre a imortalidade do homem como um todo, composto de corpo e alma. A recuperação da unidade da alma com o corpo, deve ocorrer simultaneamente para todas as pessoas durante a ressurreição geral dos mortos.

Algumas religiões e sistemas filosóficos (por exemplo, hinduísmo e estoicismo) pregam a ideia que o principal no homem é a alma, o corpo é apenas um invólucro temporário, no qual a alma se desenvolve. Quando a alma alcança um determinado nível espiritual, o corpo deixa de ter utilidade e deve ser largado, tal qual roupa velha. Livre do corpo, a alma sobe mais um degrau da existência. A religião cristã não compartilha tal entendimento sobre a natureza humana. Mesmo dando preferência ao princípio espiritual no homem, ainda assim ela o vê como um ser dual por princípio, constituído por duas partes que se complementam: 

 

A espiritual e a material. 

 

Existem seres simples sem corpo físico tais como anjos ou demónios. No entanto, o homem tem uma outra constituição e outra finalidade. Graças ao corpo, a sua natureza não é somente mais complexa, mas também mais rica. A união do corpo e alma determinada por Deus, é uma união eterna.
Quando, após a morte, a alma abandona o corpo, fica em condições estranhas para ela. Realmente, ela não tem vocação para existir como um fantasma, e tem dificuldade em adaptar-se à nova realidade, tão pouco naturais para ela.

É para eliminar totalmente todas as consequências destrutivas, é vontade do Criador ressuscitar os homens criados por Ele à sua imagem e semelhança. Isto acontecerá durante a segunda vinda do Salvador, quando pela sua palavra, a alma de cada homem voltará ao seu corpo renovado e recuperado. Devemos enfatizar, que ela não entrará numa" nova forma," mas sim reunir-se-á com o corpo que lhe pertenceu antes, renovado e imortal, adequado para as novas condições de vida.
No que se refere ao estado temporário da alma, desde o momento da separação do corpo, até o dia da ressurreição universal, a Sagrada Escritura ensina que a alma continua a viver, sentir e pensar. 

"Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, já que com Ele todos estão vivos,"

A morte, sendo uma separação temporária do corpo, é citada na Sagrada Escritura ora como partida, ora separação, ora adormecer. É claro que a palavra adormecer (vem de dormir) refere-se não à alma, mas sim ao corpo, que após a morte, é como se repousasse dos seus trabalhos. A alma, ao separar-se do corpo continua a sua vida consciente, como antes.
A justiça dessa afirmação pode-se constatar na parábola do Salvador sobre o homem rico e Lázaro e também do milagre da transfiguração no monte Tabor. Todas estas passagens da Escritura ensinam-nos a acreditar que realmente a actividade da alma continua, mesmo após a separação com o corpo.

A Escritura ainda ensina que, após a morte, Deus determina um local para a permanência temporária da alma, de acordo com o merecimento alcançado quando vivia no corpo: paraíso ou inferno. Essa determinação é precedida pelo chamado julgamento particular. Este julgamento não deve ser confundido com o chamado julgamento final que ocorrerá quando o mundo acabar. No que diz respeito ao julgamento "particular"

A Escritura diz o seguinte: 

"É fácil para o Senhor recompensar o homem pelos seus feitos, no dia da sua morte".

 Continuando:

"O homem deve morrer uma vez, e seguindo-se depois o julgamento" - deve ser individual. 

 

Há base para supor que, no estágio inicial, após a morte, a alma encontra-se pela primeira vez em condições completamente novas para ela, necessitando da ajuda e da orientação do seu anjo-da-guarda. Assim, por exemplo, na parábola do homem rico e de Lázaro é dito que anjos pegaram a alma de Lázaro e levaram-no para o Céu. De acordo com este ensinamento do Salvador, os anjos cuidam das "pequenas forças" - crianças (nos dois sentidos: o directo e o figurado).

Sobre o estado da alma, antes do Julgamento Final: "Cremos que as almas dos mortos ou sofrem ou regozijam-se de acordo com os seus feitos. Separadas dos corpos, elas passam imediatamente para a alegria ou para a tristeza e sofrimento. Mas, ainda não são alegria nem sofrimento absolutos, porque estes só os receberá após a ressurreição de todos os mortos quando a alma se reunirá com o corpo na qual viveu na virtude ou no pecado".

Paraíso e Inferno - Segundo os relatos o que vem a ser o Céu? Onde fica?




Na linguagem simples, o Céu fica "em cima" e o inferno "em baixo." As pessoas, que viram durante a sua morte clínica o estado do inferno, descrevem a aproximação ao inferno como descida. Apesar de "em cima" e "em baixo" serem noções relativas, não é correto considerar o Céu e o inferno apenas como estados diferentes; são dois locais diferentes, se bem que não há como descreve-los geograficamente. Anjos e almas dos mortos só podem estar num determinado local:

 Céu

 

 Inferno

 

 Terra

 

Não podemos demarcar o local do mundo espiritual porque ele encontra-se fora das coordenadas do nosso sistema de tempo/espaço. Aquele espaço é de um outro tipo, numa nova dimensão não percebida por nós. Encontram-se fora do nosso espaço tridimensional. A maioria dos relatos modernos de pessoas que sobreviveram à morte clínica, descreve esses locais e estados "próximos" ao nosso mundo, ainda do outro lado da "fronteira." No entanto, também se encontram descrições de locais, que lembram paraíso ou inferno, sobre os quais falam as Sagradas Escrituras.

 

As descrições do Céu são sempre jubilosas e radiantes. Assim, por exemplo, Tomé, afogou-se na piscina, quando tinha 5 anos. Felizmente, um de seus parentes reparou, tirou-o da água e levou-o para o hospital. Quando os parentes se reuniram-se no hospital, o médico anunciou-lhes que Tomé reviveu. 

 

"Quando eu estava debaixo da água, - contava Tomé, - senti que estava voando através de um túnel longo. Do outro lado do túnel, eu vi a Luz, era tão brilhante, que era possível senti-la. Lá eu vi Deus, sentado no trono, e em baixo, pessoas ou provavelmente anjos em volta do trono. Quando eu me aproximei de Deus, Ele disse-me que a minha hora ainda não havia chegado. Eu teria adorado de ficar lá... Mas, de repente, estava de novo no meu corpo." 

 

Tomé afirma que esta visão ajudou-o a encontrar o caminho de via correcto. Ele quis tornar-se cientista, para conseguir entender com mais profundidade o mundo criado por Deus. Sem dúvida, ele alcançou grande sucesso nessa direcção.


 

Outra visão extraordinária do Céu, foi descrita pelo Santo André, um eslavo, que morou em Constantinopla no século IX. Uma vez, durante um inverno rigoroso, o Santo André estava deitado na rua, morrendo de frio. De repente, sentiu um calor incomum e viu um belo jovem com o rosto, radiante como o sol. Esse jovem levou-o ao paraíso. Eis o que relatou, ao voltar à terra: 

 

"Eu permaneci durante duas semanas, graças à vontade de Deus, num local maravilhoso... Eu percebi que estaria no paraíso e maravilhado com a beleza desse local divino. Havia muitos pomares, com árvores altas, as quais balançavam o seu topo, alegravam a minha vista, e um perfume agradável emanava de seus galhos. É impossível comparar em beleza destas árvores com alguma árvore terrena. Nesses pomares, havia infinitos pássaros com asas douradas, brancos e multicoloridas. Esses pássaros estavam posados nos galhos das árvores do paraíso e cantavam tão lindamente que eu me esqueci de mim mesmo. Após isso, pareceu-me estar em pé acima da (crosta) do Céu, na minha frente um jovem com a face, radiante como sol, vestido num manto vermelho... Quando o segui, vi uma cruz grande e bela, semelhante ao arco-íris e em volta - cantores semelhantes ao fogo, que contavam e glorificavam o Senhor, crucificado por nós. O jovem que ia na minha frente, aproximou-se da cruz, beijou-a e fez o sinal para eu fazer o mesmo... Tendo beijado a cruz enchi-me de júbilo indescritível e senti o aroma mais forte ainda.

Seguindo adiante, olhei para baixo e foi como se visse a profundeza do mar. O jovem, virando-se para mim, disse: 

"Não tema, devemos subir mais ainda" - e deu-me a sua mão. 

Quando eu me agarrei nela, já estávamos acima da segunda "crosta." Lá eu vi homens divinos, a sua alegria nem dá para transmitir em palavras... E aí subimos acima do terceiro Céu, onde vi muitas forças celestes, cantando e glorificando a Deus. Aproximamo-nos de uma cortina brilhante, como um raio, na frente do qual estavam jovens com aspecto flamejante... E o jovem que me guiava disse:

"Quando a cortina se abrir, você vai ver Cristo. Você deve curvar-se perante o trono da glória Dele..". 

Eis que uma mão flamejante abriu a cortina e eu, tal qual profeta Isaías, vi o Senhor sentado no trono alto e serafins voando ao redor Dele. Ele vestia roupa vermelha; o rosto Dele era radiante e Ele fitava-me com amor. Tendo visto isso, caí de joelhos perante Ele, reverenciando-O e ao trono de sua glória. Não dá para exprimir com palavras a alegria que senti ao ver a sua face. Até mesmo agora, lembrando-me dessa visão, sinto-me pleno de indescritível alegria. Tremendo estava eu, deitado perante o Senhor. Após isso, toda a tropa celeste entoou uma melodia divina, nem sei como, poderia estar eu no paraíso .

É interessante notar que, quando Santo André, não vendo a Virgem Maria, perguntou onde Ela estava e o Anjo respondeu:

"Você esperava ver a Rainha? Ela não está aqui. Ela descendeu ao mundo desarranjado para ajudar as pessoas e consolar os angustiados. Eu até te mostraria o Seu Santo Lugar, se tivéssemos mais tempo, mas agora, você precisa voltar."

E assim, segundo relatos a alma vai para o céu, depois de abandonar este mundo e de atravessar o espaço entre este mundo e o Céu. Não raramente, essa travessia é acompanhada entidades maléficas. Além disso, a alma é sempre levada pelos Anjos ao Céu, ela nunca vai para lá por sua própria iniciativa. 

Evidentemente, os relatos modernos sobre a Luz e locais de beleza divina transmitem não a visita real desses locais, mas apenas "visões" deles à distância.

A visita real ao Céu é sempre acompanhada de sinais evidentes da graça divina: às vezes, aroma divino, juntamente com o fortalecimento milagroso de todas as forças do homem. A experiência profunda da visita ao Céu é acompanhada de sentimento de respeito perante a magnificência de Deus e do reconhecimento da sua própria insignificância. Além disso, a experiência pessoal deste visita é impossível descrever porque:

"Os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e a mente não pensou naquilo que Deus preparou par aqueles que O amam" 

 

 O que vêem os Moribundos?

 

As visões que precedem a morte, pela vivência dos moribundos, vão ser abordadas no que têem de mais profundo mas tendo sempre em mente separar o real do imaginário. Antes no entanto tomemos em primeiro lugar contacto com as experiências vividas pelos moribundos examinando alguns casos de visões tiradas do inquérito americano e indiano.

Seria falso pretender que haja aparição sempre que o paciente “vê” qualquer coisa que permanece invisível aos olhos do médico. Existem com efeito muitas alucinações incoerentes durante as quais estão numa espécie de sonho desperto coisas que não fazem sentido para o investigador e que ficam fora dos casos estudados. Mesmo as visões mais coerente que foram relatadas, nem todas se centravam explicitamente na morte do paciente. Grande parte destes casos as alucinações prendem-se com pessoas vivas e relatados assuntos mundanos. Não foram ainda levados em linha de conta aqueles casos em que nitidamente se verificava que as faculdades mentais dos pacientes pareciam enfraquecer progressivamente à medida que cessavam suas funções fisiológicas. Diga-se ainda que na triagem efectuada, não foram rejeitados automaticamente os casos de alucinações coerentes que incidiam sobre temas mundanos, de facto serviram para efeitos de comparação. Como mais para a frente iremos ver, existem diferenças abismais entre as alucinações de casos mundanos e as descrições sobre o além ou envolvendo pessoas já mortas. Cerca de metade dos casos recolhidos vêem de pacientes em fase terminal, falecidos pouco tempo depois de terem “visto” pessoas que permaneceram invisíveis aos olhos dos presentes. São numerosos os pacientes perfeitamente lúcidos cujas alucinações pareciam ser “uma vista de olhos lançada ao outro mundo”.

Assim aquela jovem americana de 16 anos que acabava exactamente de sair do coma, estava perfeitamente consciente de quando disse ao observador junto de si:

“ - Não consigo levantar-me!”

E eis que abriu os olhos. Ergui-a um pouco da cama e disse-me:

“- Vejo-o, Vejo-o… já aí vou!”

Expirou imediatamente a seguir, com o rosto iluminado por uma espécie de exaltação.

O que tornou tão irradiante e exaltada essa jovem de 16 anos que acabava de entrar na vida? A juventude da paciente parece não ter qualquer importância. Esse fascínio inexplicável exercido por um invisível “desconhecido” reproduziu-se muitas vezes aos olhos do pessoal médico que acompanhou as experiências. Como pode este “factor” atingir pacientes em fase terminal cheios de dor e sofrimento, infelizes e angustiados, que os deixa de um momento para o outro, irradiantes e exaltados?

Veja-se o caso de um paciente indiano de 65 anos com cancro no estômago:

Estava perfeitamente lúcido quando começou a olhar para longe, apareceram-lhe coisas que se assemelharam às mais reais. Voltou a olhar para uma parede quando os seus olhos e rosto se iluminaram como se visse alguém. Falou de luz, de luz cintilante e viu pessoas que para ele eram muito reais e disse:

“ Bom dia! eis a minha mãe!”

Quando isto acabou fechou os olhos e pareceu apaziguado. Fez uns gestos com os braços estendidos. Antes da experiência estava muito doente e tinha náuseas, depois mostrou-se tranquilo e sereno.

 

Outro caso:

Homem de 70 anos que sofria de perturbações cardiovasculares. Estava lúcido, não tinha febre e não lhe tinham administrado qualquer droga (Pormenor importante, o paciente morreu em casa).

Olhou para além e chamou-a (a esposa defunta):

“ Mary!”

E disse:

“ Importas-te de ir á varanda, ali atrás buscar-me um tomate fresco?”

 

Quando a conversa com a mulher acabou, voltou-se para mim e disse:

“Julga sem dúvida que estou louco porque falava à minha falecida mulher mas via de verdade sabe!”

 

Tudo lhe parecia tão real e convincente. Os pacientes duvidarão muito raramente da realidade deste tipo de aparição. Pelo contrário, a aparição provocará por vezes uma grande surpresa:

Um homem de 50 anos, sofrendo de doença coronária viu um velho amigo falecido há algum tempo:

“ Mas que fazes tu aqui?

Dizendo o nome daquele que interpelava. Foram as últimas palavras que pronunciou antes de expirar.

Esta “visita” foi aparentemente muito inesperada.

No caso seguinte, as previsões de morte realizaram-se a despeito do prognóstico optimista do médico.

Passou-se em Deli.

Uma garota de 3 ou 4 anos foi levada pelos pais ao hospital, a quem repetia há três dias que Deus se preparava para a chamar para junto de si. A miúda tinha medo e estava muito angustiada. Os pais perturbados pelo comportamento da filha tinham decidido consultar um médico apesar de não se queixar de qualquer dor. O médico relatou que a criança estava de boa saúde.

Todavia não parava de gritar:

“Deus chama-me, vou morrer”,

quando era distraída, mais tarde voltava ao mesmo. A não ser esta ideia fixa, parecia aparentemente normal. Parecia ver e ouvir qualquer coisa, que contudo, não descrevia. Os pais insistiram muito e a criança ficou no hospital. No dia seguinte o médico ficou muito surpreendido ao saber pelo médico de serviço, que a miúda tinha falecido devido a um colapso circulatório gradual sem causa aparente.

Este caso pode explicar-se de dois modos:

- A garota recebeu efectivamente uma mensagem de morte por percepção extra-sensorial e de uma fonte exterior a ela.

-Morreu por espécie de autossugestão

Mas como pode uma miúda autossugestionar-se com a morte se não a conhecia? Pelo contrário se a “mensagem” provinha de uma fonte exterior a ciência ficaria muito abalada ao tentar explicar a identidade do “mensageiro”.

Por que razão a garota atribuiu a voz autoritária a Deus e não a um outro personagem qualquer como por exemplo um avô falecido? 

Com efeito grande parte dos pacientes viu um homem vestido de branco e com uma auréola que trouxe serenidade e quietude inexplicáveis e que julgaram reconhecer como Jesus ou Deus.

 

 

Conclusões:

A imortalidade da alma, a existência do "outro mundo" parece ser real e a vida após a morte - pelos milhares de relatos recolhidos, verificamos que o homem é mais do que a combinação de elementos químicos, e que além do corpo, ele tem a alma, a qual no momento da morte não morre, mas continua a viver e desenvolver-se em novas condições.

Em dois mil anos de cristianismo criou-se uma ampla literatura sobre o mundo após a morte. Em alguns casos, é permitido às almas dos mortos aparecerem aos seus parentes ou conhecidos, para preveni-los sobre o que os aguarda no outro mundo. 
No último quarto de século, foram documentados muitos relatos de pessoas que sobreviveram à morte clínica. Uma percentagem significativa desses relatos inclui a descrição do que as pessoas viram nos locais por onde andaram enquanto seres no estado de "próximos da morte com vislumbres sobre o além". Na maioria dos casos, as almas dessas pessoas não tiveram tempo para entrar no paraíso ou no inferno, ainda que por vezes contemplassem parte desses estados.

Tanto os relatos mais antigos da literatura religiosa, como as modernas pesquisas médicas, confirmam, sobre o este assunto, que após a morte do corpo, alguma parte do homem (chame-se como se quiser - "ser," "consciência," "Eu," "alma", "essência"...) continua a existir, ainda que em condições completamente novas. Essa existência não é estática, porque o ser continua a ver, pensar, sentir, desejar, etc... - com profundas semelhanças ao que fazia durante a sua vida terrena. O entendimento dessa experiência é extremamente importante para construir correctamente a sua vida posteriormente. Grande parte das pessoas altera completamente os seus comportamentos tidos até a essa altura.

O valor principal das pesquisas modernas nas questões da vida pós-morte, é o de que, se confirma a tendência, ainda que imparcial e científica, da forte possibilidade da existência da viagem da alma para um outro mundo.

Os relatos modernos sobre a vida pós-morte são valiosos porque nos dão a conhecer, em quase todos os casos anotados pelos médicos que reanimaram pacientes próximos da morte, que a alma mesmo após a morte continua a reconhecer-se como a mesma que vivia no corpo antes da morte e se ela voltou a este mundo de novo, de livre vontade ou obrigada, (os relatos variam muito), todos no entanto são unânimes em reconhecer que o fizeram somente para concluir uma missão inacabada. Encontrando as almas dos parentes e amigos falecidos, a alma do "temporariamente morto", reconhece neles, as pessoas vivas que eram anteriormente, estas por sua vez também reconhecem o "falecido". Resumindo, em todos os casos, as almas dos mortos conservaram o seu "EU" integralmente.

De acordo com o cristianismo, o homem pode aperfeiçoar-se constantemente, pode entrar em contacto com Deus e evoluir na direcção Dele. O homem não é produto das esferas inferiores da vida cósmica - ele foi criado por Deus e de forma semelhante a Ele. É sob esta visão que o homem está predestinado para a vida eterna consciente. 

O corpo, onde a alma vai encarnar, é determinado pelo "Karma" - actos bons ou maus que a pessoa cometeu em vida ou vidas anteriores. O processo de reencarnação repete-se até que a alma se liberte completamente do "Karma", até que ela se una ao absoluto (Brahma) ou (de acordo com o budismo) se dissolve no Nirvana. A conclusão lógica que se pode retirar é que, se o homem peca numa vida, na sua próxima encarnação ele poderá reparar o mal feito anteriormente, evoluindo desta forma rumo á perfeição (ou o mais próximo possível dela).

Após um número ilimitado necessário de ciclos de reencarnação, cada homem alcança finalmente o fim da evolução terrena, dando-se então a união com o absoluto. A diferença está apenas no número de ciclos.
Apesar de existirem várias versões sobre o assunto da reencarnação, no ocidente, é popular a versão "humanizada," da coisa. Desta forma a alma do homem só reencarna em corpo humano, e nunca em formas "inferiores" de vida. De acordo com a "versão" hindu  desse ensinamento, a alma, após a morte, vai temporariamente para o plano astral, de onde ela volta a habitar um outro corpo - planta, insecto, animal ou até mesmo noutro ser humano. O homem começou por evoluir de entes inferiores, (plantas ou peixes) e vai evoluir até um ser supremo. Por isso, a sua condição actual é de ser transitório. 

O que é que reencarna após a morte do homem? 

O nosso "eu" é reconhecido como um ser único e ininterrupto durante todas as nossas vidas. O nosso "eu" cresce em conhecimento, mau ou bom, adquire experiência, desenvolve o talento.
Quem sabe se, posteriormente a este processo evolutivo, um dia também nós, á imagem de Jesus Cristo ressuscitaremos e com os corpos e a alma renovados, para sempre fiquemos na Boaventura da vida eterna. Por enquanto não o sabemos.