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Informação diversificada sobre UFOS/OVNIS, quer de âmbito nacional quer internacional. Pode observar videos e muito outra informação acerca do assunto que de certo é um tema apaixonante.

 
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                                                                                                                                                                                         Imortalidade e reencarnação são duas faces da chave que abre a porta do mistério da vida.
O que aconteçe depois da morte? Será esta a passagem para um plano de vida mais consciente? 
Podemos voltar?
Muitos de nós acreditam que sim, mas a ciência ainda procura evidências científicas sobre as vidas passadas que provem a imortalidade da  alma.

 

 Fantasmas

Quem nos dias de hoje não terá medo de ir sozinho a um cemitério durante a noite ou até mesmo de dia? Porque sucederá isso, se os mortos não fazem mal? Não estará esse medo apavorante relacionado com a alma, que segundo o conceito geral, estará por perto mas noutro plano? Não será, no fundo, das próprias almas, que temos medo?

 

 Triângulo das Bermudas

O Triângulo das Bermudas é porventura o lugar do mundo onde mais desaparecimentos se deram, quer de pessoas, quer navios ou aeronaves. O desaparecimento do vôo 19 (05Dez1945) será talvez, até hoje, um dos mais interessantes ali verificados, quer pela quantidade simultãnea de aviões  Grumman TBF Avenger desaparecidos (5), quer pela qualidade  técnica dos envolvidos...
 Outros assuntos
Os três tópicos acima referidos, são somente um pouco do muito que por aqui vai encontrar na área do insólito. Se o mistério aguça a sua curiosidade... está no sitio certo!

 

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Edgar Cayce
Edgar Cayce

 

Edgar Cayce

 

1877 / 1945

Edgar Cayce

 

Introdução

 

A partir dos vinte e quatro anos de idade, Edgar Cayce colocou ao serviço da humanidade, o dom que possuía, de entrar numa espécie de transe auto-hipnótico, no qual a sua mente transcendia o espaço e o tempo.  Neste estado de profunda meditação, era-lhe tão fácil dissertar sobre os segredos do Universo como a maneira de se eliminar uma verruga.

 

As dissertações de Cayce, que passaram a ser chamadas de "Leituras", constituem uma inestimável coleção de documentos, aos quais cada vez mais gente recorre em todo tipo de circunstâncias;  seja para equilibrar a alimentação,  melhorar os relacionamentos pessoais, tentar a recuperação de uma doença considerada incurável ou se aproximar de Deus.

 

Edgar Cayce faleceu há muitos anos, mas o número crescente de livros que apresentam diferentes aspectos da sua vida e de sua obra, mais de quatrocentos até hoje, dão testemunho da perenidade da informação veiculada nessas leituras. Essa informação provou ter um alcance que nem mesmo Cayce suspeitava.  Na sua época, quem poderia ter imaginado que termos como "medicina holística", "registros akáshicos", "auras", "almas gêmeas", "evolução espiritual" e "meditação" pertenceriam algum dia ao vocabulário cotidiano de centenas  de milhares de pessoas?

 

Edgar Cayce é conhecido principalmente pelas suas leituras referentes à saúde e ao tratamento de doenças. Muita gente se beneficia continuamente dessa inigualável fonte de informações que teve início há um século.  As leituras de Cayce não se limitaram ao corpo físico e abrangeram cerca de dez mil assuntos distintos, a maioria dos quais pode ser classificado em cinco grandes temas:

 

-          Saúde e medicina holística;

-          Reencarnação e karma;

-          Sonhos e sua interpretação;

-          Percepção extra-sensorial e fenômenos psíquicos;

-          Crescimento espiritual, oração e meditação.

             As 14.306 leituras foram divididas em três categorias principais:

 

  • "Leituras de Saúde" ou "leituras físicas" (9.603)

         Referentes à saúde e à medicina.

 

  • "Leituras de Vida" (1.920)

         Rreferem-se à mente, à alma, à reencarnação e à astrologia.

 

  • "Leituras Especiais" (956)

Consistem numa série de leituras dadas por Cayce sobre um determinado assunto tal como: Atlântida, Egito, questões mundiais, o funcionamento de sua Associação, preceitos para o desenvolvimento espiritual, cura por meio da oração.

 

 

A estas agregam-se as"Leituras de negócios" (747), que tratam de problemas financeiros, industriais ou comerciais; as "Leituras oníricas" (630), que reúnem todas as leituras sobre sonhos; e as "Leituras mentais-espirituais" (450), com conselhos específicos de ordem mental ou espiritual.    

 

Em nenhum momento Edgar Cayce pretendeu ser possuidor de faculdades extraordinárias ou se considerou sequer um profeta dos tempos modernos.  Estava convencido de que cada um possui na sua alma os atributos divinos, à espera de serem despertados, cultivados e usados para fins altruístas. Também, encorajava as pessoas a comprovar por si mesmas a validez das noções expostas nas leituras. Profundamente cristão, leu ao longo de sua vida, a Bíblia inteira uma vez por ano.  Não obstante, insistia no valor de um estudo comparativo de diferentes correntes de pensamento.  A sua obra baseia-se no facto de que Deus e a Criação são unos.  Deste princípio fundamental derivam-se as seguintes regras metafísicas:

  • Tolerância e compaixão para com todos os seres humanos;
  • Respeito e compreensão pelas grandes religiões do mundo;
  • ABolição do egoísmo e amor ao próximo.

 

 

Saúde e medicina holística

 

As leituras de Edgar Cayce contêm inumeráveis conselhos práticos sobre a maneira de se obter e manter uma boa saúde. A própria natureza de grande parte destas noções revela que Cayce tinha idéias de vanguarda. Suas sugestões para a recuperação e para a conservação da saúde, assim como para o equilíbrio do estilo de vida, apóiam-se em princípios tais como: dieta apropriada, exercício físico, controle das atitudes e das emoções, relaxamento e tempo livre, purificação interna e externa do corpo. Segundo Cayce, o segredo de uma boa saúde reside muito mais no cuidado correto do corpo e na medicina preventiva que no tratamento das doenças depois de elas desaparecerem, ou seja, "mais vale prevenir que remediar". No mundo ocidental, Cayce foi um dos precursores de uma alimentação à base de frutas, verduras, pescado, aves e água em quantidade suficiente para a depuração dos órgãos internos. Convém notar que ele fez estas recomendações, e outras similares, numa época em que a maioria da população dos Estados Unidos consumia principalmente carne vermelha e hidratos de carbono.

Os preceitos de Cayce sobre a saúde e a arte de manter-se em forma não se limitam a uma dieta adequada e à prática regular de exercício. Há dezenas de anos, Cayce já insistia sobre o papel da mente no equilíbrio físico e no bem estar das pessoas. A ciência médica reconhece hoje em dia que os pensamentos positivos aceleram os processos de cura. Tanto Cayce como a medicina moderna afirmam que o humor e a alegria contribuem para restaurar a saúde, enquanto que contrariedades, tensões e atitudes negativas, como raivas constantes, conscientes ou inconscientes, favorecem as doenças.

Inclusive pessoas que criticam outros aspectos da obra de Cayce concordam que suas recomendações ligadas à saúde são básicas para a manutenção da boa forma física. Estes conselhos cobrem uma ampla gama de assuntos, desde verrugas a hemorróidas, acne, deficiências vitamínicas, fraturas, longevidade, artrite, problemas infantis, parto, câncro, epilepsia, psoríase e transtornos mentais. Na verdade, Cayce mencionou nas leituras praticamente todas as principais doenças da primeira metade do século XX. É interessante constatar que muitos tratamentos que Cayce prescreveu na época para casos isolados permanecem validos e podem ser generalizados. Citemos a psoríase e o escleroderma: Cayce propunha alimentos específicos, manipulações vertebrais e outros remédios naturais. Nos últimos anos, centenas de pessoas afetadas por estas doenças obtiveram melhoras ao aplicar tais recomendações.

As leituras de Cayce, anotadas entre 1901 e 1944, adiantaram-se à sua época ao mencionar a influência das atitudes e das emoções sobre a saúde; a medicina das energias; a importância da oração; a cura espiritual. Além disso, anunciaram muitas descobertas vindouras na forma de abordar as questões de saúde. Por exemplo, Cayce declarou em 1927:

"Chegará o dia em que se diagnosticarão as enfermidades a partir de uma só gota de sangue." Isto é, de facto, muito comum na actualidade como sabemos.

A saúde integral, segundo Cayce, corresponde à harmonização dos três componentes básicos do ser humano:

 

  • Físico,
  • Mental
  • Espiritual.

 

Deve-se considerar o ser humano na sua totalidade, corpo, mente e alma, e não se limitar a tratar as doenças. Por esta razão, frequentemente é dito que a medicina holística contemporânea teve sua origem nas leituras psíquicas de Edgar Cayce.

 

Fosse para um problema de saúde ou para qualquer outro assunto, as leituras ocorriam, de modo geral, da seguinte forma:

Edgar Cayce deitava-se num sofá e entrava num transe auto-hipnótico. As sua secretária, Gladys Davis, ficava sentada a seu lado, pronta a estenografar o que seria dito durante a sessão. Quando Cayce "adormecia", a pessoa que conduzia a leitura, usualmente a sua esposa Gertrude, fazia a sugestão apropriada para obter a informação desejada. Para as "leituras físicas", Gertrude dizia:

Você estará na presença do corpo de __________ [nome do interessado], que se encontra neste momento em __________ [nome da cidade e endereço]. Percorrerá o corpo com cuidado e o examinará em detalhe. Falando claramente, em um ritmo normal, descreverá os estados patológicos existentes e determinará suas causas; indicará a forma de melhorá-los e de aliviar o corpo. Também responderá às perguntas que se façam."

Cayce confirmava:

"Sim, encontramo-nos na presença do corpo." Se já houvesse dado, mesmo que trinta anos antes, uma ou mais leituras para o paciente em questão, dizia:

"Já estudamos este caso",

e retomava de onde havia parado, independente do tempo transcorrido. Normalmente, dissertava com sua voz habitual e referia-se à pessoa como se ela estivesse ali, embora em muitas oportunidades a pessoa estivesse a milhares de quilômetros de distância. Cayce estabelecia um diagnóstico detalhado, mencionando todos os dados úteis sobre a circulação sanguínea, o sistema nervoso e os órgãos envolvidos. A seguir dava instruções sobre como aliviar os males e, para terminar, respondia às perguntas. Se uma pessoa estivesse a assistir à sua própria leitura, bastaria formular mentalmente uma pergunta para que Cayce a respondesse.

Das numerosas leituras relativas aos princípios curativos e à medicina holística, pode-se deduzir que os fundamentos de uma boa saúde podem ser resumidos na sigla "C.A.R.E." : - circulação, assimilação, relaxamento, eliminação. O papel de cada uma destas funções é o seguinte:

  • Em primeiro lugar, a circulação. A mesma é primordial nos mecanismos de regeneração do corpo. Portanto, sua estimulação mediante exercícios físicos, massagens, ou manipulações terapêuticas como as que se levam a cabo na quiroprática e na osteopatia, reforçam consideravelmente os processos naturais de cura.
  • Em segundo lugar, a assimilação. Esta representa a maneira pela qual o corpo digere o alimento e distribui os nutrientes. Por um lado, a assimilação depende do regime alimentício: segundo as leituras, este deveria consistir em vinte por cento de alimentos "ácidos" (ou seja, que acidificam o organismo), e oitenta por cento de alimentos "alcalinos". Deve-se ingerir um litro e meio a dois litros de água por dia. Por outro lado, a assimilação depende do modo de preparar e de combinar os alimentos. Por exemplo, as leituras recomendam o consumo regular de cereais e de cítricos, mas nunca numa mesma refeição, por causa de sua incompatibilidade durante a digestão.
  • Em terceiro lugar, o relaxamento.  Não apenas bastante sono, mas também tempo livre e recreio.  Cayce afirmou em uma leitura:

"Estes transtornos resultam do que se poderia chamar de desequilíbrios ocupacionais: pouco tempo ao sol e pouco trabalho físico; demasiado trabalho intelectual, enquanto devem ser mantidas as justas relações entre a alma, a mente e o corpo.  Quem não reserva em sua vida um lugar para o lazer e não harmoniza cada aspecto de seu ser, engana-se a si mesmo.  Cedo ou tarde, sofrerá as conseqüências."

Leitura [3352-1]

  • Em quarto lugar, a eliminação.  É indispensável que o corpo expulse suas toxinas e purifique seus órgãos internos para funcionar normalmente. Uma alimentação adequada, muita água por via oral, movimentos respiratórios, exercício físico (caminhar por exemplo), banhos de vapor, enemas, asseguram bons mecanismos de eliminação.  Cayce insistia na importância de evacuar o intestino todos os dias.

O equilíbrio entre a circulação, a assimilação, o relaxamento e a eliminação resulta em  cura, saúde e longevidade.

Embora certas recuperações tenham sido espetaculares devemos ressaltar que as leituras de Cayce nunca indicaram fórmulas ou remédios milagrosos.  Normalmente sugeriam um conjunto de terapias que envolviam o organismo inteiro, assim como os diferentes aspectos do ser.  Apesar de seus poderes psíquicos, Cayce não era curador.  Pelo contrário, graças aos conselhos sobre saúde integral transmitidos pelas leituras, ensinava às pessoas a conduta apropriada para melhorar seu estado físico ou curar suas doenças.

             Seguir os tratamentos e as recomendações das leituras às vezes exigia grandes esforços e muita constância.  Aos que recorriam a ele para a cura de doenças, Cayce  freqüentemente perguntava por que desejavam curar-se.  Em outras palavras, o paciente que, desde o momento em que se sente bem, volta ao estilo de vida que provocou sua doença, se nega a encarar as causas profundas de seus males. Ao ignorar a lição oferecida, corre o risco de expor-se a um problema maior no futuro.

 

 

Reencarnação e Karma

Edgar Cayce fez sua primeira leitura em 1901, sobre um problema de saúde, para si mesmo. Muitas outras se seguiram, mas o conceito de reencarnação não apareceu até 1923, numa sessão dada para Arthur Lammers, um impressor de Dayton, Ohio. Convém mencionar que uma leitura havia abordado a questão doze anos antes; mas essa primeira alusão foi ignorada durante muito tempo pois, naquela época, ninguém no grupo de Cayce conhecia este conceito. A reencarnação acabou sendo o assunto de quase duas mil leituras psíquicas, chamadas "leituras de vida".  Constitui o segundo maior tema mencionado por Cayce em transe.

              Em essência, o que é a reencarnação?  É a crença de que cada um de nós passa por vidas sucessivas, com o propósito de crescer em espírito e de recobrar a plena consciência de nossa natureza divina. O ponto de vista de Cayce exclui a metempsicosis ou transmigração das almas, segundo a qual os humanos podem reencarnar em forma animal.  Por outro lado, provê uma base filosófica para o passado, colocando ênfase especial na maneira como devemos encarar nossa existência atual: devemos viver o momento presente, procurando nos desenvolver espiritualmente e ajudar-nos uns aos outros.  As leituras ensinam que nossas escolhas e atos passados nos trouxeram ao ponto em que nos encontramos.  Não tem muita importância quem fomos, ou o que fizemos no passado, mas sim como reagimos frente às oportunidades e aos desafios que surgem neste instante, aonde quer que nos encontremos.  De fato, nossas escolhas e condutas a cada momento, definidas por nosso livre arbítrio, são as que realmente importam.  A perspectiva de Cayce, não é nada fatalista, e abre horizontes quase ilimitados.

              Nas leituras, Cayce falou também sobre o risco de se ter um conceito incorreto sobre a reencarnação.  Disse que certas teorias dão uma compreensão errônea do seu verdadeiro significado.  Dentre estas, todas as que não reconhecem o livre arbítrio criam o que chamou de "um monstro kármico", quer dizer, uma noção filosoficamente errada, que não leva em conta os fatos autênticos, nem a estreita conexão existente entre karma, livre arbítrio,  destino e graça.  Ainda hoje em dia, muita gente interpreta de maneira equivocada, a reencarnação como uma seqüência inevitável de experiências e relacionamentos imposta a nós pelo nosso karma.  Se assim fosse, nossas decisões anteriores nos obrigariam a seguir uma trajetória marcada por acontecimentos específicos, e nosso futuro já estaria definido.  Esta visão difere totalmente da de Cayce, pois as leituras destacam que o passado nos proporciona apenas uma conjuntura possível, ou provável.  Mostram que, longe de sermos meros espectadores, desempenhamos um papel dinâmico no desenrolar de nossa existência.

              A palavra "karma" é um termo sânscrito que significa "ação". Freqüentemente se dá a ela o sentido de "causa e efeito".  As leituras concordam com esta idéia, mas acrescentam a noção filosófica inédita e exclusiva de que o karma pode ser definido simplesmente como uma memória.  Portanto, não se trata de uma "dívida" que temos de pagar conforme algum critério universal, nem de uma série de experiências determinadas por nossas prévias ações, boas ou más.  O karma é apenas uma memória, uma fonte de informação que inclui elementos 'positivos' e outros aparentemente 'negativos', e na qual o subconsciente busca os dados que utiliza no presente.  Isto explica, por exemplo, as afinidades ou as animosidades espontâneas que sentimos por certas pessoas.  Ainda que essa memória subconsciente se reflita em nossa fisionomia e influa em nossos pensamentos, reações e decisões, sempre podemos recorrer ao livre arbítrio para orientar nossa vida.

              As leituras de Cayce mencionam que quando falecemos, não reencarnamos de imediato.  O que chamamos subconsciente no plano físico vem a ser nosso consciente no outro plano. A alma recapitula tudo o que viveu e escolhe, entre as lições que deve aprender, as que se sente capaz de assumir no momento, a fim de seguir sua evolução.  Então aguarda o momento propício para renascer na Terra. Normalmente, escolhe um lugar já conhecido.  Em cada nova vida, opta por um corpo masculino ou feminino, segundo o objetivo de sua encarnação.  Ademais, seleciona o âmbito e as condições (pais, família, lugar, época, etc.) que melhor lhe permitam aperfeiçoar-se e aprender suas lições.  Suas experiências dependerão da forma com que empregue seu livre arbítrio dentro desse contexto.  Podemos considerar nossas tribulações como obstáculos e transtornos ou, ao contrário, transformá-las em situações benéficas, em oportunidades para elevar nosso nível de consciência.  O processo de reencarnação continua até que consigamos personificar o amor universal no mundo e expressar nossa essência divina em todos os aspectos da vida terrestre.

              Convém notar que talentos e qualidades nunca se perdem, de modo que as qualidades cultivadas em cada encarnação se somam e podem ser usadas no futuro. Por exemplo, o dom das crianças prodígios é o ressurgimento de um talento exercitado em uma ou várias existências prévias.  Um excelente professor de literatura poderia ter sido um escritor ou historiador em vidas anteriores.  Nossas aptidões costumam se manifestar em função das metas de nossa encarnação atual.

              As leituras revelam que o karma não existe entre  indivíduos, mas unicamente entre uma pessoa e ela mesma.  Em outras palavras, "cada um de nós está sempre se encontrando consigo mesmo".  Como conseqüência, o curso de nossa vida se baseia nas decisões que vamos tomando para reagir a uma conjuntura que nós mesmos criamos. Em geral, temos a chance de resolver nossos próprios problemas kármicos através de  interações com os demais mas, todos temos a tendência de, ao invés de assumir a plena responsabilidade por nossos fracassos e decepções , colocar a culpa nos outros como se eles fossem a real causa de nossos problemas.

            Assim sendo, apesar de nosso karma ser essencialmente nosso, nos sentimos constantemente atraídos pelos indivíduos e grupos que nos oferecem as condições e ocasiões favoráveis para trabalhá-lo.  De maneira similar, os outros se aproximam de nós em sua jornada individual levados por suas memórias kármicas.  Portanto, nossas relações com os demais nos permitem encontrar-nos conosco mesmos e ter as experiências que nos ensinam e nos ajudam a avançar no caminho espiritual. É interessante notar que a maneira como cada indivíduo decide "encontrar-se consigo mesmo", fazendo as escolhas, uma de cada vez, é que irá, essencialmente, determinar a vida que ele vai experimentar.  Com freqüência, episódios vividos em grupo reaparecem em encarnações posteriores, como vínculos familiares, profissionais, culturais ou étnicos.  As leituras dizem que nunca nos encontramos com alguém acidentalmente, porque coincidências não existem.  Do mesmo modo, só sentimos uma profunda simpatia ou antipatia por alguém desconhecido, se já tivermos encontrado essa pessoa antes.

              Devemos ficar atentos às conseqüências de nossas decisões e atitudes, uma vez que colheremos inevitavelmente o que semeamos.  A Bíblia diz: "Tudo o que um homem semear, ele também colherá."  Os adeptos da reencarnação afirmam: "Atraímos o que é semelhante a nós."  Isto implica que, algum dia, teremos experiências análogas às que nossas escolhas produziram na vida de outros.

              Divergindo das doutrinas fatalistas que dizem que nosso destino já está determinado, a teoria de Cayce afirma que somos donos de nosso próprio destino. De fato, podemos controlar nossos pensamentos, palavras e atos, e escolher nosso comportamento ante as circunstâncias que nós mesmos criamos. 

Compreendamos que tudo que acontece em nossa existência é fruto de nossa própria criação, e que nossas tribulações sempre contribuem para nosso desenvolvimento quando as consideramos como oportunidades de corrigir os erros do passado ou  de adquirir sabedoria  e entendimento.

            Descobrir o porquê de nos encontrarmos em uma ou outra situação não é fundamental, mais importante é como nos dispomos a lidar com elas pois, de nossas reações, nascerão nossas experiências futuras.  Assim, duas pessoas poderiam adotar atitudes completamente diferentes em casos semelhantes, com relação, por exemplo, à perda de um emprego.  Enquanto uma poderá ficar angustiada e amarga, a outra verá uma ocasião inesperada para reconstruir sua vida e para dedicar-se a alguma atividade pela qual tem paixão há muito tempo.

            A reencarnação é um conceito que tem presença nas  grandes religiões do mundo e não se limita às filosofias orientais.  Estimula a tolerância e a compaixão, responde a muitas perguntas e dá sentido até aos menores aspectos da existência. Alguns a consideram sensata, outros a acham controversa.   Os adeptos sérios desse conceito sabem que todos nós experimentamos vários ambientes, condições e circunstâncias no transcurso de nossas vidas sucessivas.  Eles usam o conceito da reencarnação, não para viver no passado,  ou para orgulhar-se de, talvez, ter sido uma pessoa muito importante anteriormente, mas sim para crescer em espírito e contribuir para a melhoria do mundo em que vivemos.  Cayce ilustra essa idéia na seguinte leitura:

"Descubra porque você está buscando essa informação.  Se é para saber que você viveu, morreu, e foi enterrado perto da cerejeira no fundo do jardim, isto não o fará um melhor vizinho, cidadão ou pai! Por outro lado, se é para saber que você disse palavras pelas quais  se sentiu culpado e, que agora pode redimir-se atuando de maneira justa, então  sím, vale a pena!"

Leitura [5753-2]

 

Sonhos e sua interpretação

Ainda que muita gente não costume se lembrar de seus sonhos, todo mundo sonha! No início do século XX, enquanto Sigmund Freud e seus colaboradores, como Carl Jung, demonstravam a importância dos sonhos na psicanálise, Edgar Cayce formulava um método simples que permitia entendê-los de maneira prática e utilizá-los construtivamente na vida diária.  As centenas de leituras de Cayce que se referem aos sonhos e sua interpretação revelam que sabemos, a nível subconsciente, muitissimo mais do que pensamos, sobre nosso corpo, nossa personalidade, nossa individualidade e nosso meio ambiente.

            Ao sonhar, temos acesso a diferentes níveis de nosso subconsciente (ou inconsciente).  Lá estão armazenadas as memórias de todos os nossos sucessos, desejos e  esperanças, assim como as recordações de nossas experiências anteriores. O subconsciente também possui abundantes recursos dos quais, frequentemente, nem sequer suspeitamos; é extremamente hábil para resolver problemas, responder a perguntas, facilitar exames de consciência e despertar faculdades psíquicas.  Por isso, os sonhos podem nos dar indicações sobre as causas de nossas enfermidades, sobre como viver em harmonia com nossos semelhantes, sobre pensamentos ou emoções que nos perturbam, e muito mais.  Em resumo, os sonhos nos ajudam a ter um maior conhecimento de nós mesmos nos planos físico, mental e espiritual.

            Carl Jung, psiquiatra suíço contemporâneo de Edgar Cayce, demonstrou que existe no inconsciente um nível profundo, que chamou de "inconsciente coletivo", que é proveniente de uma autêntica realidade espiritual que não foi reconhecida por Freud.  Neste nível podemos nos comunicar uns com os outros através de símbolos universais ou arquétipos, ou seja, imagens que tem o mesmo sentido para todos. Assim, um gato grande ou um leão representam força e vitalidade; os pássaros correspondem a vários aspectos do amor ou de  compaixão; a água caracteriza o Espírito; um ancião ou um ancestral personificam nosso ser superior ou nossa sabedoria interior.  Isso explica por que, através de seus símbolos ou temas universais, numerosos contos e mitos de diferentes culturas se assemelham.

       Às vezes podemos associar as imagens de nossos sonhos a arquétipos, mas isso nem sempre funciona, de modo que as melhores interpretações se fazem analisando o que cada símbolo evoca para cada sonhador.  Por exemplo, um rifle significará provavelmente coisas muito distintas para um armeiro e para uma vítima de guerra.

            Ao contrário do que em geral pensamos, não existem sonhos "maus", pois todos,   inclusive os pesadelos, contêm mensagens destinadas a ajudar-nos (possível exceção para um pesadelo causado por uma indigestão).  Sonhar com catástrofes é uma maneira de aliviar nossas tensões emocionais, e pode nos encorajar a tomar certas decisões como:  mudar nossa dieta, nosso estilo de vida ou nossas atitudes. Sedéssemos a eles a importância que merecem, nossos sonhos se converteriam em uma fonte inigualável de ensinamentos e de  inspiração.

            A alguém que havia sonhado com um homem uniformizado, sem cabeça, Cayce disse em uma leitura que, no lugar de "perder a cabeça" teimando em executar seu trabalho com perfeição até os mínimos detalhes, mais valia que se deixasse guiar pelo Espírito.  A outro que sonhou que um histérico corria pelas ruas gritando e aparentando pânico, Cayce o aconselhou que dominasse seu mau gênio.  Uma mulher se viu em sonhos falando com uma amiga que usava uma bonita dentadura postiça sendo que a metade dos dentes, em forma intercalada, parecia de ouro puro.  Cayce explicou que os dentes de ouro, símbolos das verdades espirituais que ela mesma mencionava com tanta freqüência, eram falsos porque ela não colocava em prática o que apregoava.  A uma senhora que havia sonhado que sua falecida mãe estava viva e feliz, Cayce disse que isso era verdade pois:: "a morte não é uma realidade, mas apenas uma transição do mundo físico ao plano espiritual."

            Alguns sonhos são bem literais.  Por exemplo, um sonho no qual comemos uma salada pode ser um estímulo para que passemos a consumir mais verduras cruas.  Também acontece de sonharmos com uma pessoa que não vemos há muito tempo, e logo após a encontramos de novo ou recebemos notícias dela.

            No entanto, a maioria dos sonhos é simbólica. Lugares desconhecidos ou casas fechadas, freqüentemente se referem a aspectos de nós mesmos que não temos explorado ou que nos negamos a considerar, um automóvel normalmente representa nosso corpo e pode indicar que devemos modificar certos hábitos ou cuidar de nossa saúde.

            Os sonhos de nascimentos ou de mortes são ainda mais simbólicos. Correspondem freqüentemente a novas situações, a mudanças ou à abolição de velhos hábitos.  Um sonho no qual alguém vai ter um filho, ou cuida de uma criança pequena que não existe na realidade, é prenúncio de um novo começo na vida ou de uma idéia que está por aparecer.  Um sonho fúnebre freqüentemente indica a morte de algum aspecto de nossa personalidade.  Por exemplo, se uma pessoa sonha que assiste aos funerais do sacerdote de sua paróquia, isto pode indicar uma desatenção com o lado espiritual  que está sendo deixado "descansar em paz".

            Os sonhos que dão conselhos ou emitem opiniões se referem a sistemas de valores, regras ou ideais que adotamos. Ao sonhar, fazemos uma comparação, ou "correlação" como costumava dizer Cayce, entre nossas ações recentes e nossos critérios pessoais.  Citemos o caso de uma mulher a quem se havia recomendado, em vão, que evitasse comer chocolate por razões de saúde.  Uma noite, sonhou que estava contrabandeando chocolate  pela fronteira mexicana, sinal óbvio que havia em sua vida algo proibido.

            Estudos científicos mostraram que todos  nós sonhamos.  A fim de aproveitar nossos sonhos, temos que colocar um caderno ou um bloco de apontamentos na mesa de cabeceira.  Se dormirmos tempo suficiente, convencidos de que vamos nos recordar de nossos sonhos, e fizermos o esforço de escrever no momento de despertar, tudo o que nos vier à  mente,  mesmo que seja apenas uma vaga impressão ou  sensação, deveremos começar a lembrar de nossos sonhos.

            Já que a mesma imagem pode ter significados diferentes para diferentes indivíduos, a análise de um sonho é, de modo geral, uma coisa pessoal.  Portanto, o melhor modo de interpretar os símbolos é estabelecer a conexão entre eles e os acontecimentos de nossa vida.

            Segue-se um método simples para trabalhar com os sonhos que pode ser empregado com sucesso até por novatos.

  1. Anotemos nossos sonhos todos os dias.
  2. Lembremos que nossas impressões e nossos sentimentos sobre um sonho são essenciais para podermos analisá-lo em profundidade, e que, quase sempre, existem várias interpretações possíveis, de acordo com o nível de consciência ou de conhecimento em que nos encontremos
  3. Tenhamos em mente que os personagens de nossos sonhos correspondem, usualmente, a diferentes aspectos de nossas personalidades ou de nossas individualidades. Reparemos em nossos estados de ânimo, expressões, conversas e atitudes no sonho, e comparemos com nossos pensamentos, palavras e atos na vida desperta.
  4. Estejamos atentos aos símbolos, aos personagens e às emoções que aparecem repetidamente em nossos sonhos, registrando-os em um "dicionário de sonhos" pessoal, especificando que importância eles tem para nós.
  5. Não esqueçamos que nossos sonhos podem ser de grande utilidade, mesmo que não os entendamos de imediato. A chave do sucesso está na assiduidade e na  perseverança.

Essencialmente, os sonhos nos fazem perceber o que acontece conosco e ao nosso redor, através da correlação que fazem entre nosso comportamento habitual e os valores que constituem nosso ideal.  Nos alertam para necessidades do corpo, nos revelam nossos desejos ocultos e nos permitem levar uma existência mais positiva.  Também nos ajudam a tomar decisões e podem indicar-nos como melhorar nossas relações com uma pessoa, mesmo que, conscientemente, já tenhamos feito todo o possível.

            Em resumo, quando definimos objetivos precisos e atuamos diligentemente para alcançá-los, os sonhos aclaram e orientam nossa vida.  Trabalhar com nossos sonhos é análogo a conversar com um confidente, que conhece tudo sobre nós e está sempre disposto a falar sobre nossos problemas e preocupações.  Na maior parte do tempo, esse confidente se limita a nos escutar; mas, muitas vezes, isto é suficiente para fazer surgir respostas que se encontravam ocultas em nosso interior.

            As leituras nos encorajam a prestar atenção aos nossos sonhos.  Edgar Cayce disse que não acontece nada importante conosco que não tenhamos sonhado antes.  Ele afirmou: "Os sonhos são uma manifestação do subconsciente.  Tudo o que chega a ser realidade aparece primeiro em sonhos."

 

 

Percepção extra-sensorial e fenômenos psíquicos

A história de Edgar Cayce está cheia de exemplos de percepção extra-sensorial e de fenômenos psíquicos.  Seu dom é classificado como percepção extra-sensorial, pois lhe permitia conhecer noções e fatos aos quais nunca tinha tido acesso, e ver gente, lugares e eventos que não se encontravam dentro de seu campo visual normal.  Em transe, Cayce podia dissertar sobre qualquer assunto, responder a qualquer pergunta, descrever qualquer cena, e falar sobre tudo que dizia respeito a uma pessoa: sua saúde, suas emoções, suas qualidades, seu meio ambiente, sua vida atual, suas encarnações passadas.

            Uma vez que existem vários tipos de faculdades paranormais, os especialistas  dividiram o tema 'percepção extra-sensorial' em diversas categorias, com o propósito de definir melhor os fenômenos envolvidos.

            De modo geral, a percepção extra-sensorial se refere à capacidade de receber ou de enviar informação por meios outros que não os cinco sentidos.  Em outras palavras, se trata da possibilidade de entrar em contato com alguém ou alguma coisa sem utilizar nem os olhos, nem os ouvidos, nem o tato, nem o olfato nem o paladar.  Segundo as leituras de Edgar Cayce, essas são qualidades que todos podemos cultivar e utilizar, porque já existem, latentes, em nossa alma.

            Uma primeira categoria de percepção extra-sensorial é a telepatia que requer que sintonizemos com a mente de outra pessoa.  Estando no estado de Kentucky, Cayce deu uma leitura para um advogado que estava em Nova York. Cayce o viu fumar um cigarro, o ouviu assobiar certa melodia e assistiu seu encontro com um cliente; também o viu ler três cartas e falar por telefone.  Esses fatos foram todos verificados mais tarde. Outro exemplo de telepatia é quando pensamos repentinamente em alguém de quem não temos notícias há muito tempo e,  logo em seguida, essa pessoa entra em contato ou aparece.

            Uma outra categoria de percepção extra-sensorial é a clarividência, definida como a capacidade de se ter acesso a um conhecimento que não se possui. Assim, podemos pegar algumas cartas, embaralhá-las e tentar dizer quais são ou, pelo menos,  determinar suas cores.  Para que mostremos faculdades de clarividência, o número de respostas corretas deve ser maior que o definido pelo cálculo de probabilidades.  O resultado não tem de ser cem por cento exato, mas superar de maneira significativa e consistente a expectativa matemática.

Se pedirmos a alguém que olhe cada carta e se concentre nela antes de adivinharmos, trata-se de telepatia.

            A fim de ilustrar a diferença entre telepatia e clarividência, consideremos uma leitura feita em Virginia Beach para um garoto de doze anos que estava num hospital no Estado de Ohio. Cayce disse que o garoto tinha febre e mencionou sua temperatura.  Um médico, posteriormente, confirmou esta informação.  Como a temperatura ainda não havia sido tomada esse foi um caso de clarividência e não de telepatia.

            Uma terceira classe de percepção extra-sensorial é a premonição, ou seja a capacidade de ver eventos com antecipação, ou seja, de fazer predições.  Um exemplo disso é a impressão de "déjà-vu".  Algumas vezes temos a sensação de já termos vivido anteriormente a situação pela qual estamos passando.  Assim, podemos entrar em um lugar desconhecido e percebermos que é muito familiar; ou conversar com um amigo e nos darmos conta de que sabemos de antemão o que ele vai dizer. As leituras de Cayce dizem que, uma explicação para este fenômeno é que, freqüentemente, nossos sonhos nos deixam entrever os acontecimentos vindouros. Ainda que tenhamos esquecido esses sonhos premonitórios, podemos reviver certos episódios dos mesmos em forma de sensações de "déjà-vu".

            A premonição é freqüente na obra de Edgar Cayce.  Um dia, ao terminar uma leitura para um menino que estava em Nova York, Cayce começou, espontaneamente, uma outra sobre os problemas de saúde de uma mulher do Missouri que já havia recorrido a ele em várias ocasiões.  Depois de haver enviado a esta senhora o texto da leitura, Cayce recebeu uma carta, solicitando uma leitura, cuja data era posterior à data da leitura.

Quando efetuava leituras para crianças, era normal Cayce falar sobre seus talentos ocultos, antecipar seu modo de ser ou de agir como adultos e, às vezes, indicar decisões que tomariam na vida pessoal e profissional.  Em 1929, Cayce previu a queda da Bolsa de Valores de Nova York mais de seis meses antes que isso ocorresse.  Também previu a declaração da Segunda Guerra Mundial; e sabia que morreria enquanto seus filhos estivessem combatendo no exterior.

            Embora tenha sido classificado por alguns como "profeta", Cayce nunca teve essa pretensão.  Na verdade, chegou a se descrever em uma leitura como "um servidor humilde, fraco e sem mérito".  Fez poucas predições ligadas a eventos mundiais, essencialmente porque tais prognósticos estão sujeitos a inúmeros fatores e influências externos.  Por exemplo, quando um vidente tenta "prever" o futuro, tudo que ele pode fazer é prever um futuro baseado nos acontecimentos atuais. Se os eventos continuarem a fluir seguindo o mesmo curso, se as atitudes e estilos de vida das pessoas,  e se as condições mundiais continuarem as mesmas, aí sim os videntes podem acertar sobre qual será o resultado.

O ser humano pode, a qualquer momento, empregar seu livre arbítrio para transformar sua própria existência.  Se suficientes pessoas se corrigem, o curso dos acontecimentos históricos se modifica e as predições se fazem menos exatas.  A Bíblia relata como o profeta Jonas foi enviado à corrupta cidade de Nínive a fim de anunciar sua destruição e exortá-la ao arrependimento.  Os habitantes acreditaram na advertência de Jonas, abandonaram suas más condutas e, por isso, a cidade não foi destruída.

            Por isso, as profecias e as informações obtidas por premonição dependem de muito mais elementos que a telepatia e a clarividência.

            Uma quarta categoria de percepção extra-sensorial é a retrocognição, ou a capacidade de ver eventos passados.  Quando Cayce realizava uma "leitura de vida",   geralmente lhe davam a data e o lugar de nascimento da pessoa.  Começava por retroceder no tempo até o nascimento da pessoa enumerando, às vezes, alguns fatos importantes de sua presente encarnação.  Por exemplo, em uma leitura ditada em 1938 Cayce comentou: "1936 - ano agitado; de 1935 a 1932 - período de distúrbios; de 1931 a 1926 - pouca paz..."  Em outra ocasião, Cayce recebeu dados incorretos sobre uma jovem de dezoito anos de idade.  Voltando no tempo até chegar ao seu nascimento, exclamou: "Nós não a encontramos aqui!"  Depois de uma pequena pausa, acrescentou: "Sim, temos os registros aqui (parece que o lugar e a data estão errados)". Verificou-se posteriormente que a pessoa havia, na verdade, nascido em 23 de Janeiro (um dia mais cedo) e em Nova York e não na cidade de Cleveland, Ohio, como disseram a Cayce. 

            Mais de onze anos antes do descobrimento, ocorrido em 1947, dos Manuscritos do Mar Morto, as leituras mencionaram uma seita judia sobre a qual os eruditos conheciam muito pouco naquela época: os Essênios.  Cayce deu muitos detalhes sobre sua maneira de viver e de trabalhar.  Entre outras coisas, disse que tanto os homens como as mulheres eram admitidos em sua comunidade.  Isto ia contra as convicções dos especialistas, que acreditavam que os Essênios formavam uma ordem monástica composta unicamente por homens.  Não obstante, escavações arqueológicas efetuadas em Qumrān, perto do local onde foram encontrados os manuscritos evidenciaram em 1951, seis anos depois da morte de Cayce que, realmente,  homens e mulheres integravam a sociedade essênia.

            Acabamos de citar alguns casos de percepção extra-sensorial que aparecem nas leituras de Edgar Cayce.  Elas dizem que as faculdades psíquicas constituem qualidades da alma; logo são inerentes à natureza humana e existem em todas as pessoas.  Uma vez que "o psíquico provem da alma", podemos, com bastante facilidade, ter experiências paranormais recorrendo a diversos métodos ou a estímulos externos.  No entanto, as leituras advertem que as experiências que não se apóiam em um ideal elevado são freqüentemente enganosas e, podem ser perigosas, e que o desenvolvimento de nossas aptidões extra-sensoriais não deve ser um fim em si, mas um meio de crescer espiritualmente, de conhecer melhor a nós mesmos e de ajudar o próximo.

            Muita gente acha os fenômenos psíquicos estranhos, insólitos, e até assustadores.  Segundo as leituras, eles são tão naturais quanto se ter uma inspiração ou um pressentimento.  E é bom lembramos de que, só porque alguma informação é 'psíquica' não quer dizer que seja completamente exata.  Atribuindo-lhe o mesmo crédito que damos a nossos  amigos ou a nossos sentidos corporais, podemos utilizá-la para adquirir novas noções, ampliar nosso entendimento ou tomar decisões.

            Tendo tudo isso em vista, aceitemos nosso sexto sentido, a intuição. Devemos considerá-la um atributo normal de nosso ser e tentar conseguir que se converta em um fiel aliado na nossa vida, e em uma inestimável ferramenta a serviço do bem.

 

 

 

Crescimento espiritual, Oração e Meditação

 

Um dos temas fundamentais das leituras se refere à nossa relação com as Forças Criadoras.  Por esta razão, durante onze anos, de 1931 a 1942, Edgar Cayce ditou uma série de cento e trinta leituras a um grupo de pessoas interessadas nas leis espirituais (o Grupo de Estudo n.o 1).  No início, alguns membros do grupo só queriam aprender a desenvolver seus poderes psíquicos.  Cayce lhes disse que a grande meta era o progresso espiritual e  lhes explicou que, segundo suas necessidades pessoais e os objetivos de suas presentes encarnações, suas faculdades extra-sensoriais resultariam da  perseverança em estudar e colocar em prática os princípios universais.

            A informação compilada pelo Grupo de Estudo n.o 1 a partir dessa série de leituras deu origem ao livro "À Procura de Deus", no qual são expostos conceitos espirituais aplicáveis à vida cotidiana.  Seu objetivo é nos despertar para a verdade, nos fazer entender nossa autêntica natureza divina e nos conduzir até a Luz, nos revelando o propósito da existência e nos ajudando a cumprir nossa missão na Terra, nos dar paz, esperança e a sublime felicidade de nos sentirmos em harmonia com o Criador e com nossos semelhantes.  Mostrando-nos que formamos parte de Deus e somos unos com ele, "À Procura de Deus" nos encoraja a contribuir para a edificação de um mundo melhor e a convertermo-nos em nobres instrumentos da vontade do Senhor, em puras expressões do amor universal. Os preceitos que oferecem têm sido acolhidos por pessoas de todas as tendências religiosas.  Continuam inspirando e transformando inúmeras pessoas, permitindo-lhes elevar seus níveis de consciência através da oração, da meditação, da cooperação, da fé, da paciência e do altruísmo. Hoje em dia, existem no mundo muitos 'Grupos de Estudo' - nome genérico dos grupos de discussão que se reúnem semanalmente para aprofundar os temas abordados nas leituras de Edgar Cayce.

            Segundo Cayce, somos seres espirituais atualmente encarnados na Terra.  De fato, o homem não é um corpo físico dotado de uma alma, mas uma alma que se encontra na matéria a fim de aprender com suas experiências e de poder retornar à Fonte Suprema.  Na Bíblia também, vemos que o ser espiritual (Gênesis 1) foi criado antes do ser físico (Gênesis 2).  Uma vez que compreender e manifestar nossa verdadeira relação com Deus e com a Criação constitui a finalidade de nossa presença na Terra, deveríamos meditar regularmente.  Notemos que Cayce já mencionava e recomendava a meditação em 1921, quando a maioria das pessoas do mundo ocidental nem sequer sabia o que era isso.  Começou-se a falar mais sobre o assunto nos anos 70, ainda que para muitos continue sendo, até hoje, uma noção estranha, mais associada às religiões orientais.  Desde então, abundantes investigações clínicas têm demonstrado sua influência positiva sobre a saúde e o bem estar em geral.  Numerosos médicos a reconhecem agora como uma maneira eficaz de reduzir a hipertensão arterial, de diminuir o estresse e de obter mais serenidade.

            Meditar consiste em aquietar o corpo e a mente, e em parar de prestar atenção ao mundo exterior, a fim de que possamos nos unir a Deus no silêncio de nosso santuário interior.  A meditação atua favoravelmente no plano físico, relaxando o corpo; no plano mental, acalmando os pensamentos e as ansiedades; e no plano espiritual, renovando a energia vital e estimulando nossos atributos divinos.  Isto nos permite levar uma existência mais útil, melhorar as relações com as pessoas que nos rodeiam e enfrentar com ânimo renovado as dificuldades que se apresentam.  Ao dedicar a cada dia alguns momentos para liberar a mente das múltiplas preocupações que a assaltam, vamos recobrando a plena consciência de nossa essência divina. Podemos dizer que orar é dirigir-nos a Deus e falar com ele,  enquanto que meditarsignifica escutar a Deus, deixando-nos instruir e guiar pela parte de nosso ser que se acha em constante comunhão com o Infinito.

            Aplicando algumas regras simples, a meditação está ao alcance de todos, e mesmo os principiantes percebem os efeitos benéficos de um período de silêncio motivado por um ideal elevado.

  • A primeira etapa requer que se adote uma posição confortável; por exemplo, sentados em uma cadeira, com as costas retas, os pés apoiados no chão, os olhos fechados e as mãos apoiadas no colo ou ao lado do corpo.Começar a relaxar com  respirações lentas e profundas -inspirar fundo e reter um pouco o ar nos pulmões antes de expirar.  Ao mesmo tempo, ir examinando com a mente as tensões existentes no corpo, e sucessivamente eliminá-las usando a imaginação ou massageando as zonas correspondentes com a ponta dos dedos.
  • A segunda etapa consiste em concentrar-se em um pensamento pacífico e inspirador, que chamaremos de "afirmação": por exemplo, "a paz me envolve e reina em mim", "estou em um estado de relaxamento total", um versículo da bíblia, ou um aforismo espiritual como "Deus é Amor". Convém impedir que a mente vagueie ou se concentre em coisas da vida diária.  Depois de refletirsobre a mensagem da afirmação, analisando cada palavra com cuidado, é necessário impregnar-se de seu significado.  De fato, as impressões experimentadas no ser interior impactam muito mais que as palavras em si. Assim, não basta  repetir "Deus é Amor", pois é o sentimento que acompanha esta afirmativa que lhe dá sua força  e sua amplitude.
  • A terceira etapa é a meditação em si. Consiste em permanecer em silêncio, submergido nos sentimentos produzidos pela afirmação.  Quando a mente se desviar, é indispensável voltar a concentrar-se, primeiro no sentido das palavras da afirmação e, em seguida, nos sentimentos que estas suscitam. Não desanime se a mente divagar: conseguir fixar a atenção num só pensamento exige tempo.  A principio, faça períodos de silêncio de uns cinco minutos, e vá aumentando até chegar, com o tempo a quinze ou vinte minutos.
  • Na quarta etapa devemos enviar bons pensamentos, ou orações, para outras pessoas, antes de concluir a sessão de meditação. Por exemplo, no caso de se haver escolhido o amor como tema central, dirigir este sentimento para os seres queridos e para quem quer que você saiba que está necessitando.

Praticada cotidianamente, a meditação fica cada vez mais fácil, e a quietude que emana desses momentos de concentração silenciosa e de recolhimento se reflete em todos os aspectos da vida.

            Discordando dos que sustentam que a mente deve ficar inativa, porque se deixa distrair e altera o processo de meditação, Cayce declara nas leituras que opoder criativo da  mente pode ser utilizado de maneira adequada para se alcançar um alto grau de harmonização com a Fonte Universal.

            Meditar regularmente propicia curas a nível físico, mental e espiritual.  Graças às afirmações construtivas que empregamos e ao ideal que mantemos durante a meditação, nossas tendências negativas desaparecem, sendo substituídas por atitudes mais positivas.

            De modo geral, desperdiçamos horas em ocupações que não nos trazem nenhum beneficio, enquanto que alguns minutos diários reservados à oração e à meditação podem nos proporcionar mais paz, alegria e plenitude que qualquer outra atividade.  Busquemos primeiro o Reino dos Céus, que está dentro de nós.  A palavra e as promessas divinas são eternas: invoquemos ao Senhor, sabendo que somos o templo do Deus vivo, que o Todo Poderoso reside em nosso Santuário Interior. No silêncio da meditação, uma vez relaxado o corpo, serenada a mente e esquecidas as preocupações, nos abrimos à nossa natureza espiritual e nos unimos à Força Criadora.

            As leituras de Edgar Cayce dizem que todos devemos meditar, pois a comunhão com Deus é primordial.  Com efeito, a alma, nosso ser superior, não está feliz senão com o Divino e aspira a morar no seio do Criador.  A meditação assídua nos ajuda a compreender e a manifestar nossa relação íntima com o Senhor, a aplicar os princípios universais na vida diária, a distinguir a onipresença de Deus, e a prepararmo-nos para que a transição que chamamos morte constitua um passo adicional para o entendimento cada vez mais perfeito do Pai.

 

 

 

 

Livros sobre Edgar Cayce em Português

EDITORA PENSAMENTO

SONHOS
Respostas desta Noite para as Duvidas de Amanhã - Mark Thurston

O CRESCIMENTO ATRAVÉS DA CRISE PESSOAL
Harmon Bro e Junes Bro

REENCARNAÇÃO
Reinvindicando o seu Passado, Criando o seu Futuro - Lynn Sparrow

DESPERTANDO SEUS PODERES PSÍQUICOS
Henry Reed

AS VIDAS DO MESTRE JESUS
Glenn Sanderfur

ASTROLOGIA E AS LEITURAS DE EDGAR CAYCE
Margaret Gammon

A HIERARQUIA ANGÉLICA E O KARMA PLANETÁRIO - Robert J. Grant

EDITORA ROCA

O LIVRO DE EDGAR CAYCE
Mark Thurston e Christopher Frazel

Nota: Toda a informação acima descrita teve como origem www.edgarcayce.com.br