Na crença popular, Fantasma é a alma ou espírito de uma pessoa ou animal já falecido que pode aparecer aos vivos de maneira visível ou através de outras formas de manifestação. Descrições de aparições de fantasmas variam no modo como estes se manifestam. A tentativa deliberada de contactar o espírito de uma pessoa morta é conhecida como necromancia, ou séance no espiritismo.
A crença em manifestações espirituais dos mortos é comum, datando do animismo ou veneração dos mortos em culturas pré-históricas. Determinadas práticas religiosas — rituais funerários, exorcismos, e alguns costumes do espiritualismo e da magia — são especificamente designadas para agradar os espíritos dos mortos.
Fantasmas são geralmente descritos como essências solitárias que assombram um local, objecto ou pessoa em particular a qual estiveram ligados em vida, mas nem sempre é assim... por vezes uma energia residual de um morto mantem-se em lugares públicos, como comboios, navios restaurantes, monumentos etc, não afectando por assim dizer uma pessoa em particular, mas sim toda a gente que frequente o local em questão. Não existem somente fantasmas de seres humanos. Existem muitissímos relatos de espirítos de de animais vagueando também por aí, ou num local particular... lembro-me em particular de um animal de estimação de determinada corporação de bombeiros, que se manteve presente no quartel!
Em 1959, Mabel Chinnery foi visitar o túmulo de sua mãe num cemitério britânico, quando tirou uma foto de seu marido, esperando sozinho no carro. Quando a senhora Chinnery revelou o filme, eles perceberam que seu marido não estava à espera sozinho: a imagem mostra uma pessoa usando óculos sentada no banco de trás do carro, que a senhora Chinnery imediatamente reconheceu como sendo a sua própria mãe, cujo túmulo que ela tinha acabado de visitar.Um perito fotográfico que examinou a impressão determinou que a imagem da mulher não era nem um reflexo, nem uma dupla exposição, afirmando que a foto era verdadeira.
Índice
Contexto antropológico
A noção do transcendental, sobrenatural ou espiritual, normalmente envolvendo entidades como fantasmas, é um fenômeno cultural universal. Em religiões pré-históricas, tais crenças costumam ser simplificadas como animismo ou veneração dos mortos.
Em muitas culturas, fantasmas malignos e perturbadores são diferenciados dos espíritos benignos envolvidos na veneração aos mortos.
A veneração aos mortos envolve tipicamente rituais designados para a proteção contra maus espíritos do além, imaginados como tendo más intenções em relação aos vivos. Os rituais aos mortos é realizada em eventos tradicionais como o Festival das Almas (ChinA) ou o Dia de Finados (Ocidente).
Tirada em 1936 pelo Capitão Provand e Indre Shira, essa é talvez a imagem fantasmagórica mais famosa de todos os tempos. Até hoje, ninguém foi capaz de refutar sua autenticidade. Os fotógrafos estavam visitando o castelo Raynham Hall, em Norfolk, Inglaterra, para tirar fotos para a revista “Country Life”, quando capturaram a senhora original da casa, Lady Dorothy Townsend, descendo a escada. Provand testemunhou a aparição com os olhos primeiro, depois conseguiu levantar a câmera e tirar a fotografia famosa.
Informações complementares
Fantasmas e a vida após a morte
Em muitos relatos tradicionais, fantasmas são frequentemente vistos como espiríto de pessoas mortas procurando contactar os vivos por diversos motivos... pedir ajuda para realizar promessas não cumpridas em vida, simplesmente por vingança, ou então somente para se manifestam devido a actos bárbaros de que foram vítimas na sua morte, ou então, estão simplesmente aprisionadas na Terra por maus actos que praticaram durante a sua vida. Por vezes a aparição de um fantasma também é considerado o presságio da morte próxima.
Há vários relatos acerca da aparição de "damas de branco" em regiões rurais, que supostamente morreram de forma trágica ou sofreram alguma espécie de trauma durante a vida. Lendas de "damas de branco" são recorrentes em diversas culturas, e um denominador comum é o tema da perda ou traição de um marido ou noivo. Elas são frequentemente associadas a uma linhagem familiar específica, sendo portadoras da morte.
Lendas a respeito de navios fantasmas circulam desde o século XVIII, a mais notável delas sendo a do Holandês Voador. Este tema foi popularizado na literatura pelo poema The Rime of the Ancient Mariner, de Coleridge. Outro caso extremamente conhecido é o de um navio chamado Mary Celeste.
A loja “Toys ‘R’ Us”, em Sunnyvale, Califórnia, é o lar de um espírito chamado John – que está encostado na parede na foto acima. Essa foto foi tirada durante uma filmagem de TV do programa “Isso é Incrível”, e ninguém que estava no local no momento viu o homem – ainda assim ele apareceu na fotografia infravermelha.
Psíquicos, como a renomada Sylvia Browne, visitaram a loja várias vezes e realizaram sessões em que descobriram o nome de John, entre outras coisas. A história é que John era um pregador que morava num rancho por volta de 1880 no terreno onde a loja agora se encontra. Relatos de como ele morreu variam, mas o consenso geral é de que ele sangrou até a morte enquanto cortava lenha.
Empregados da loja contam que John brinca frequentemente com eles e com os clientes, seguindo pessoas até o banheiro e ligando as torneiras de água, jogando bonecas da prateleira, e sussurrando os nomes dos funcionários em seus ouvidos, só para eles se virarem e não virem ninguém perto deles.
Casa assombrada
O sitio onde fantasmas são avistados é descrito como Local Assombrado, e frequentemente considerado como sendo a moradia de espíritos que podem ter sido antigos moradores ou relacionados de alguma forma àquela propriedade. A actividade sobrenatural no interior de residências é associada principalmente a eventos violentos ou trágicos ocorridos nestas, como assassinato, morte acidental ou suicídio. Mas nem todos os locais assombrados foram cenário de uma morte violenta, ou mesmo de actos de violência. Muitas culturas e religiões acreditam que a essência de um ser, (alma), continua a existir após a morte. Algumas concepções filosóficas e religiosas sustentam que os "espíritos" daqueles que morreram não vão "embora", permanecendo presos dentro da propriedade onde suas memórias e energia ainda são necessáriamente fortes.
Antiguidade
A imagem de um submundo onde os mortos moravam era comum no Antigo Oriente, sendo expressa no hebraico bíblico pelo termo tsalmaveth (literalmente "sombra-morte"). No Antigo Testamento, a Bruxa de Endor aparece durante o Segundo Livro de Samuel para conjurar o espírito ('owb) de Samuel.
Em 1946, a senhora Andrews tirou esta foto à lápide da sua falecida filha, em Queensland, Austrália. Sua filha tinha apenas 17 anos quando morreu, no ano anterior. Quando as fotos foram reveladas, a senhora Andrews ficou chocada ao ver a imagem de uma menina, bébé, a olhar directamente para sua máquina fotográfica.
Não havia crianças no cemitério naquele dia, e a senhora Andrews não conhecia nenhum bébé cuja foto tivesse tirado com a sua câmera. A criança não se parecia com a própria filha, quando era bébé. Anos mais tarde, o pesquisador paranormal australiano Tony Healy investigou o caso e encontrou os túmulos de duas meninas muito próximas ao túmulo da filha da senhora Andrews.
Mesopotâmia
Há várias referências a fantasmas em religiões mesopotâmicas, mais especificamente nas religiões da Suméria, Babilônia, Assíria e em outros estados iniciais da Mesopotâmia. Traços de tais crenças permaneceram nas religiões abraâmicas posteriores que dominaram a região. Acreditava-se que os fantasmas eram criados no momento da morte, levando consigo a memória e a personalidade da pessoa falecida. Eles viajavam para um mundo subterrâneo, onde assumiam uma determinada posição e levavam uma existência similar em alguns aspectos àquela do vivo. Esperava-se que familiares dos mortos fizessem oferendas de alimentos e bebidas em prol destes; caso não o fizessem, os fantasmas infligiram aos vivos má sorte e doenças. Costumes medicinais tradicionais atribuíam uma variedade de doenças à acção de fantasmas, enquanto outras seriam causadas por deuses ou demônios.
Era moderna da cultura ocidental - Espiritismo
O espiritismo é baseado nos cinco livros da Codificação Espírita escritos pelo educador francês Hypolite Léon Denizard Rivail sob o pseudônimo Allan Kardec, divulgando os fenómenos que ele observou e atribuiu à inteligência incorpórea (espíritos). Sua hipótese de comunicação com espíritos foi reconhecida por muitos de seus contemporâneos, entre eles vários cientistas e filósofos que compareceram a sessões e estudaram o fenômeno. O seu trabalho foi posteriormente expandido por autores como Léon Denis, Gabriel Delanne, Arthur Conan Doyle, Camille Flammarion, Ernesto Bozzano, Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, Waldo Vieira, Amália Domingo Soler, entre outros.
O espiritismo possui adeptos em vários países, como Espanha, Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Inglaterra, Argentina, Portugal e especialmente Brasil, que tem a maior proporção e número de seguidores.
Ceticismo científico
Joe Nickell, do Comité para a Investigação Cética, escreveu que não existe evidência científica crível de que qualquer localidade foi habitada por espíritos de mortos. Presenciar fantasmas seria consequência das limitações perceptivas humanas e explicações físicas comuns, como por exemplo a mudança na pressão atmosférica em algumas casas que fazem com que as portas batam, ou as luzes de um carro refletidas através de uma janela durante a noite.
A (*) pareidolia seria também outra razão que, segundo os céticos, levam pessoas a acreditarem que viram fantasmas. Relatos de fantasmas vistos "pelo canto do olho" podem ser relacionados à sensibilidade da visão periférica humana. De acordo com Nickell, a visão periférica pode ser facilmente enganada, especialmente mais perto da noite, quando o cérebro está cansado e mais propenso a interpretar de maneira equivocada sons e visões.
(*)Pareidolia
Denise Russell tirou essa foto da sua avó em 1997. Ela viveu de forma independente na década de 90 e, durante um piquenique de família pouco antes de sua morte, tirou esta foto. Ninguém notou o homem em pé, atrás da avó, só decorridos mais de três anos, é que finalmente repararam nele, a família o reconheceu como sendo nem mais nem menos que o avô de Denise, morto desde 1984. Velhas fotos em preto e branco confirmaram as suspeitas.
Alguns pesquisadores, como Michael Persinger da Laurentian University, no Canadá, especularam que as mudanças nos campos geomagnéticos (provocadas pela pressão do núcleo terrestre ou por atividade solar) podem estimular os lobos temporais do cérebro e produzir muitas das experiências associadas a fantasmas. Acredita-se que o som seja outra causa de supostas aparições. Richard Lord e Richard Wiseman concluíram que os infra-sons podem fazer com que humanos isolados experimentem sentimentos estranhos, como ansiedade, tristeza, sensação de estar sendo vigiado e até mesmo calafrios.
Desde 1921 especula-se que o envenenamento por monóxido de carbono, que provoca mudanças de percepção nos sistemas visuais e auditivos, pode ser uma possível explicação para casas assombradas.